ᴺᵃ̃ᵒ ˢᵉⁱ ᵒ ᵠᵘᵉ ᵉˢᵖᵉʳᵃʳ²

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O som de meu pai assobiando uma melodia, a melodia, da música que me envolve dês de pequena.
A música que foi do casamento de meus pais,a melodia de amor que cercou em meu crescimento.

Ele assobia, e quando penteia meus longos cabelos, os trancando e os enfeitando, com argolas de metal.
Os quais ganhei de aniversário de 9 Anos de papai.
Ele diz, que eram de minha mãe, a qual ela usava quase todas os dias em seus cabelos.

Ele guardou todos esses anos, e gora que já era mais velha, eram meus.
Minha herança de mamãe.
Quando os ganhei fiquei muito emocionada, e o item material mais próximo que tenho dela.
Eles são lindos, todos com textura de desenhos encaracolados, alguns possuindo desenhos como estrelas.

O sentimento nostálgico alimenta, quando o som dos assobios se tornam em palavras da canção, proferido pelos lábios de meu pai.

-  No mar bravo, vivo  a navegar, sem medo do perigo.
  E as ondas eu vou enfrentar, se comigo casar ~
 
Cantava com tom baixo,fecho meus olhos aproveitam o momento, e sem poder me segurar, comecei a cantar com ele.

-E nem o frio ou o calor, será uma ameaça
   Se me entregar seu coração, e então, eternamente me amar

Enquanto cantei, podia notar o silêncio da voz de meu pai, ao final do verso que cantei, começamos a cantar a música em sincronia.

- meu lindo ser, meu grande amor, é lindo o que me fala
  Mas nada nada a mais preciso ter, quando você me abraça

Paramos de cantar, ao ouvir um som que era semelhante a um choro.
Olhamos para a fonte do barulho, nos deparando com bocão em pé na frente da nossa porta.
Claramente emocionado, o que claramente irritou meu pai, que resmungando raivoso, voltando a atenção para o meu cabelo.

-Que emocionante esses momentos em família!

Não sabia dizer se ele estava fingindo um choro dramático ou se ele realmente estava emocionado.
Arqueio minhas sobrancelhas, ao mesmo tempo que acabo soltando um sorriso.

-Voce está bem Bocão?

-Ele está sim filha , so é meio dramático

Falou meu pai, ainda trançando minhas madeixas.

-Não vejo problema em ser sentimental, principalmente em um belo momento de pai e filha !

-Que você atrapalhou !

Cuspiu meu pai ríspido, o que fez meu irmão soltar um " Rapaz ".
Somente então noto, que ele está sentado em um  dos degraus da escada.

-Voce veio só para me irritar, ou tem algo de importante para dizer ?

Falou, finalmente terminando de arrumar meu cabelo.

-Se com importante, você que dizer que os Berserkes chegaram

A fala do viking loiro, faz meu pai gritar seu nome irritado.
Saio da frente de meu pai, claramente alterado, indo para perto da escada.

Apois o grito de Stoic, foi possível ouvir o som do chifre, que é o alarme de navio chegando no porto.
Ele se levanta claramente nervosa, ageitando sua capa de pele de urso.

-Eles já chegaram e você fica tagarelando sem parar !

Disse pegando sua espada antes apoiada em cima da mesa, a botando na cintura.
Meu irmão se levanta, indo até o meu lado, já preparado para iniciar a caminhada até o porto.

-Calma chefe , está muito nervoso!

Disse bocão, saindo da porta de casa, sendo seguido por meu pai, que lamuria irritado  em resposta.
Eu e Soluço nós encaramos, acabamos rindo.
Logo, vamos atrás dos mais velhos. Cenários desse tipo são bem frequentes aqui em casa

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