ᴬᵐⁱᵍᵒ ᵈᵉ ᶠᵒʳᵃ ᵈᵃ ⁱˡʰᵃ

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Já avia passado alguns ciclos de luas, o tempo estava passando, eu e soluço estávamos crescendo,agora eu tenho sete anos.
Com o tempo, acabei virando uma grande leitora, de modo que já revirei todos os livros de minha casa.
Atualmente, estou lendo um livro pela terceira vez.
Os livros que leio, são em sua maioria, falando de outras regiões da arquipélago.

Nas última luas, o desejo de ir além de minha ilha tem me alcançado, a curiosidade de saber o que tem por aí a fora.
Descobrir o que tem no horizonte que me chama tanto.

Atualmente, estou caminhando lado a lado com meu pai, ele diz que tem uma "surpresa " para me mostrar.
Ele pediu para eu pegar itens os quais eu não me importo de trocar.
Eu peguei alguns itens os quais não me fariam muita falta.

Estou levando um par de botas que já não cabem mais em mim, elas estão praticamente novas.
São feitas de couro de cobra negra . É escuro, brilhante e macias.
Porém, nunca fui de usá-las aliás, nunca fui de sair de casa , mesmo a tendo a um ano e meio, estão novas ainda.

Ao que andávamos, notei que era o caminho do porto, só a ideia de chegar perto da água,me provoca anciã e tontura.
Segurando a mão de meu pai, enquanto minha mão livre segurava a sacola, que guardava meu precioso item de troca.

A cada passo, podia ver a vista do mar se aproximando, fazendo meu coração acelerar.
Porém, ao notar que meu pai me conduzia sutilmente, em vez de andar reto, me direcionava para direita, aonde avia uma árvore e embaixo dela, um banco de madeira.

Ele me deixa lá, dizendo para eu sentar que logo chegaria com a certa "surpresa".
Soluço senta ao meu lado, me fazendo companhia, enquanto esperávamos sua volta.

-O que você acha que papai, foi buscar ?

Pergunto ao meu irmão,que fica em silêncio alguns segundos pensativo.

-Bom, ele falou que ia arranjar mais livros para você, não é?

-Sim,mas para que as botas ?

Digo,o mostrando a bolsa pendurada em meu ombro, o fazendo ficar questionador.

-Papai disse para eu trazer coisas as quais não me fari falta também, trouxe um escudo que fiz.

Somente agora, noto o escudo preso em suas costas, o fazendo parecer uma tartaruga.Essa ideia me faz soltar um sorriso

-Irmão, com o escudo nas suas costas, você parece uma tartaruguinha.

Minha fala o faz olhar para suas próprias costas,rindo.
Ele então retira o objeto de suas costas, o segurando nas mãos.

Posso notar como é bonito esse escudo, de formato redondo, sendo de madeira clara, com desenhos e emblemas na cor preta.
Suas bordas e no centro, aviam detalhes em metal, um belo escudo.

É impressionante como ele forjou um escudo tão belo nessa idade, isso é um escudo que vikings experientes como Bocão, fariam.

Minha mente volta para vida real, ao ver a figura de papai vindo até nos, porém, agora não estava mais só.
Era acompanhado se um homem, de barba trançada e vestes coloridas.

Esses homem, carregava uma grande bolsa, a que parecia ser pesada, me fazendo questionar o que avia dentro dela.
Ao chegar perto de nós, o homem põem a sacola no chão, pondo a mão na cintura e tomando seu fôlego.

-Liv, Soluço.Meus filhos, esse é o comerciante Joranh, ele veio fazer uma troca com seus ítens.

-Normalmente não saio de dentro de minha estimável embarcação pra fazer negócios,mas fiquei entusiasmado quando vosso pai, disse que a Jovem moça, queria fazer uma troca de itens.

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