𝘿𝙖𝙜𝙪𝙧•𝙊𝙘

ᴼ ᴱˡᵐᵒ

O sopro gelado do ar da manhã, enquanto estou ao lado de meu pai e meu irmão no porto, esperando pela chegada de nossos convidados.
Mais um ano se passou, e acredito que este ano, a espera está mais complicada.

Mesmo abraçando meu próprio corpo, ainda sinto os ventos gelados. Meus dedos sentem a maciez dos fios grossos de lan, tecidos no Chali de modelo um pouco triangular, fechado na frente de meu pescoço com um botão, com a estampa do meu clam.
Ele também possui um capuz, que protege minhas orelhas e cabeça do frio que está fazendo hoje.

Grudada em meu pai, que me cobre inteiramente com sua grossa capa dramática , feita de pelo de urso.
Mesmo assim, ainda posso sentir o ar frio soprando, fazendo uma madeixa de meu cabelo, que estava para fora do capuz, balançar.

O ar quente sai de minha boca, entrando em contato com o ar frio, criando fumaça, quando solto um suspiro entusiasmada, quando o Barco negro, de belíssimas velas com insignia de Striden, para no cais.

Quando a imagem de um certo ruivo, usando botas de cano longo  até os joelhos, de coro marrom, uma calça preta, usando uma blusa vermelha, por cima um colete de couro com botões de cor prata  fechados.
Ele também usava ombreiras e joelheiras não muito grandes e uma capa preta, que o caia muito bem.

Mas a estrela de sua roupa, era um elmo que ele usava em sua cabeça.
Não era segredo para mim, que Dagur está com uma vestimenta mais madura.
Pode não ser uma armadura completa como de seu pai, mas certamente, é a roupa de um filho de chefe.

Mas o melhor de tudo aquilo, foi quando ele sorriu entusiasmado para mim, aquilo fez com que por um segundo, o frio todo que eu está sentindo, fosse embora.

Diferente da outa vez, que ele praticamente correu até mim, para falar comigo primeiro.
Dessa vez, ele teve que ir até meu pai, seu ânimo diminuído drasticamente, para quase zero.

Enquanto ele se dirigia a meu pai e logo em seguida meu irmão, tive tempo para conversar com Wosvald.
Esse foi a primeira vez, que ele não se agachou de joelhos para falar comigo, mas pegou em minha mão , depositando um beijo na mesma.

-É bom reve-la moça

-Por que tão formal, gigante?

-Bom, você está crescendo, mesmo que eu queira, não posso te tratar sempre como uma garotinha.

Ele possuía um bom ponto, eu cresci muito dês da primeira vez que o vi , agora tenho 11 anos.
Pude notar que minha fisionomia mudou muito, principalmente do ano passado.Não sou a única, pois meu irmão também mudou muito nesses últimos anos.

Podemos continuando a ser, " pequenos e um pouco frajeis em estatura", mas, não podemos negar, estamos crescendo.
O pensamento de que, Dagur também mudou muito nesse um ano é impressionante.

Ele está concerteza muito mais alto que a mim e a Soluço, mas agora, nossas diferenças de idade são muito bem mais visíveis.
O pensamento de que, ele tem apenas 14 anos, me faz pensar , ele ainda vai crescer muito mais.
Provavelmente terei torcicolo falando com ele.

-Mas isso não significa que precisamos ser tão formais, né ?

O questiono o fazendo rir.

-Voces tem um ponto.Vejo que suas habilidades de fala estão melhorando

-Não se engane com isso, você ainda é um dos únicos que ouve minha voz

-Jura ? É uma pena, seu pai diz que você tem uma bela voz para cantar, imagino ser verdade

Reprimo meus lábios envergonhada, levando uma mão até meu rosto

-Pelos deuses, pai ~

murmurando tensa , fazendo Wosvald rir