ᴼ ᴱˡᵐᵒ ²

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O vento frio contra meu corpo, que retira meu capuz de minha cabeça, o choque térmico me causa um calafrio, que faz eu de  instantâneo, abraçar meu corpo forte.

Quando faço isso, acabo esbarrando em Dagur , que estava andando ao meu lado, me faz pedir desculpas na hora, posso ver a fumaça branca sair por minha boca e nariz.

Assim como também a fumaça sai por suas narinas, quando ele suspira ar, antes de soltar um sorriso ladio para mim.

-Frio ?

Apenas balanço positivamente minha cabeça em resposta.

Meu pai resolveu deixar o tur pela vila de lado, estamos caminhando para o grande salão, mesmo que o banquete provavelmente não esteja ainda pronto, lá é o local mais quente da vila.
E como em questão de horas iríamos para lá, nada melhor do que adiantar está parte.

Dagur se aproxima de mim, passando seu braço direito em volta de meu ombro , me cobrindo com sua capa.
Me aproximou mais alguns centímetros do mesmo.
Nunca avia notado como Dagur era tão quente, mas de uma forma boa e acolhedora.

Posso sentir seu corpo quente entrando em contato com minha pela, enquando seu aperto aumenta um pouco.
Ele se inclinam, aproximando seu rosto de meus ouvidos.

-Voce está gelada

Sua voz está mais firme do que a última vez que nós vemos, aínda não me acostumei com a mesma. Sinto  um arrepio correr pela minha espinha, não sei dizer se é causado pelo frio ou pelo estremo contato.

-Me surpreende você não estar, a ilha tá parecendo um bloco de gelo, como você está  quente assim ?

Ele solta uma risada com minha frase.

-Talvez seja pelo fato de os Berserker terem sangue quente, sempre apto para lutas e ação!

Eu não sabia dizer se ele estava sendo sarcástico ou apenas verdadeiro, contando mais uma história mirabolante da origem de seu clam.

-Ta maís para testosterona ~

Murmuro meu pensamento, porém só noto que acabei falando o que pensava, só quando ouso Dagur olhar para mim, por alguns segundos, ele está neutro.
Não sabia muito bem o que ele está pensando, até ele chacoalhar os ombros rindo.

-Eh, talvez. Mas vamos fingir que é a primeira ipotese, certo? Assim, se você se tornar um berserk, pode parar de sentir frio

-Como assim, " virar um berserk" ?

-É son usar armadura de um 

Falou ele, tirando a mão de meu ombro, levando as palmas da mão até seu capacete, o retirando.
Ele o ergue no ar, o levando até minha direção, o colocando em minha cabeça.

Ele era um pouco maior que minha cabeça, ficando um pouquinho torto.
Levo minhas mãos até o objeto, sentindo o objeto metálico gelado.

Passava os dedos pelos chifres e pelos espinhos de metal, logo olhando para Dagur novamente, sorrindo.

-O frio passou ?

Ele perguntou, enquanto volta a me acolher em seus braços, me cobrindo com sua capa.

-Estou bem melhor agora, obrigada

Falo, segurando com minhas duas mãos, a mão dele que estava em meu ombro.
Arqueio meus lábios para cima em um sorriso, enquanto vejo as bochechas de Dagur ficarem um pouco coradas.

-Crianças-

Ouso a voz de meu pai, que andava em nossa frente nos chamando, viramos o rosto para frente, vendo os mais velhos nos olharem.
Porém, ele não terminou frase, como se tivesse parado por surpresa.

Seu semblante demostrava isso, com a boca levemente boquiaberta, já Wosvald, estava com os lábios voltados para cima e sombrancelha curvadas.
Como se questionasse a Dagur, o que estava acontecendo.

Não entendi exatamente o que chocava tanto meu pai, então resolvi perguntar.

-Sim papai ?

Pergunto simples, tendo um suspiro do mesmo e uma risada de Wosvald como resposta.

-Acho que estou vendo algo acontecer

Cantarolou Wosvald, ainda rindo, fazendo meu pai coçar sua testa.

-Estamos vendo algo acontecer

Falou meu pai, fazendo sinal para continuarmos a andar, ele se vira para frente e volta a andar.
Dagur parece sem graça com a fala dos mesmos, mas eu me sentia totalmente perdida.

-Como assim "algo está acontecendo"?~

Questionei para Dagur, mas ele apenas acaricia meu ombro em resposta, soltando um riso, maroto.

-É papo de velho Liv, não esquenta com isso.

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