ᶜᵒᵐᵒ ⁿᵃ̃ᵒ ᵖᵒˢˢᵒ ᵐᵉ ᵖʳᵒᶜᵘʳᵃʳ ᶜᵒᵐ ᵛᵒᶜᵉ̂?

94 12 7
                                    


Dagur tocava os dedos em seu machucado, enquanto olhava para o céu, evitando meus olhos, consequências pela minha pergunta de segundos atrás, o qual ele ainda não respondeu.
A visão dos seus cabelos ruivos soltos, que dançam com o sopro do vento, e seu rosto era iluminado pela luz do sol.

-Eu já não falei ? Não precisa se preocupar comigo, foi só um treinamento.~

Ele falou com a voz em tom  baixa, parecia, angustiado, com a feição abatida.

-Como posso, não me procurar com você ?~

As palavras simplesmente saem de minha boca.
Quando Dagur vira o rosto novamente, pude ver surpresa em seus olhos verdes.Ja eu,  meu semblante era sério, eu não estava mentindo em relação a minhas palavras.
Eu realmente estava preocupada com ele, e não avia palavras que me fazem parar de sentir isso.

Embrulhando novamente meu doce com o guardanapo, me levantando do   do chão.
Logo estico minha mão, na direção de Dagur.Ele se senta, encarando-me por alguns segundos, antes de soltar um rosnado.
Mas ele não parecia bravo, apenas, desistindo de sua persistência.
Me fazendo soltar uma  risada, quando ele pega em minha mão, se levantando.

Ele me olhava com uma cara, claramente perguntando com seus olhos, se eu não ia mesmo desistir.
E como resposta, eu indico para ele me seguir com as mão, e início minha caminhada, rumo a  minha casa, sendo seguida sem contradições.

Ficamos em silêncio o caminho inteiro, eu não sabia exatamente o que o dizer, e sem conseguir pensar em nada para dialogar, acabou  reinando o silêncio.
O fato de eu conseguir diálogo com Dagur, melhor do que com a maioria, não significa que, sou boa em fazer isso o tempo inteiro.

Quando chegamos a minha casa, o direciono até minha cozinha, puxando uma cadeira, dando três batidinhas na mesma com a palma de minhas mão, indicando  para ele se sentar.

Assim que ele o faz, caminho até a direção do fogão a lenha que tenho em minha casa.
Pego duas pedras em cima da bancada de pedra, ao lado do fogão.
Fazendo o movimento de preciona-las, rapidamente uma contra a outra, criando uma faísca, que acende a palha, que faz com que o fogo se espalhe mais rápido, queimando a lenha.

Agora ando para o outro lado da cozinha, indo até o armário aonde fica pendurado os utensílios.
Pego uma chaleira, retirando suas tampa,a enchendo de água.
Logo a tampo novamente a levando para o fogo.

Agora com a água no fogo, precisava de uma bacia para depositar a água que logo estaria morna, e uma compressa de pano.
Então ando novamente até o armário, pegando os itens que precisava, os pondo em cima da mesa, ao lado de onde o ruivo estava.

Pude notar que ele estava quieto, me olhando trabalhar.Mas seu olhar abatido ainda estava lá.

-Voce está bem ?

O questiono, sentando no outro lado da mesa, tendo uma visão dele de frente.

-Eu eh , estou.So foi mal sabe ? Por te tá dando trabalho

Disse, coçando sua nuca.

-Voce não me dá trabalho, cuidamos  de quem nós importamos , né ?

-"De quem nós importamos" ?~

Falou baixo, repetindo uma parte de minha frase, parecia pensativo.

-É, somos amigos não? Cuidamos um do outro .

Ouso o som da água borbulhando no fogo, me fazendo me levantar, indo até o lugar.
Pego um pano de prato, o colocando na alça da chaleira, para não me queimar enquanto a manuseio, até a bacia em cima da mesa.

𝘿𝙖𝙜𝙪𝙧•𝙊𝙘 Onde histórias criam vida. Descubra agora