ᵁᵐ ᵈⁱᵃ ᵈᵉ ᵖᵃᶻ

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Adentrando no local, repleto de armas guardadas em cestos, sentado na frente de uma mesa, estava a figura de Soluço escrevendo algo em seu caderno.
Ele murmurava  algo aparentemente relacionado ao que  escrevia.
Ele aparentemente ainda não tinha notado minha presença, totalmente imerso em seu mundo.

-Se eu considerar o peso das Pedras, posso contar que a velocidade do dispara tem que se equiparar, para elas serem lançadas a dêz metros no ar, para isso-

-Ta trabalho na sua " Lança-boiadeiras" ?

Questiono, me posicionando ao seu lado da mesa, o fazendo saltar de susto, gritando meu nome assustado.
Eu não resisti em dar  uma risada da situação, antes de o pedi desculpas.

-Tudo bem, só não tinha te visto aí.Eh sim, é um projeto, que provavelmente não vai sair do papel!

Falou o moreno, fecham o caderno em que escrevia, se encostando na cadeira, claramente desmotivado com sua última frase.
Soluço nós últimos meses, está tentando elaborar armas, que como diz ele, sejam usadas por vikings menos adeptos, ele não fala, mas claramente é para uso próprio essas armas.

Posso notar que as implicações constantes de Melequento, sobre como meu irmão é um perdedor por não ser nada atlético, tem o incomodado profundamente.
E quanto a isso, não posso julgar meu irmão, alis, esse sentimento que ele tem, eu  possuo uma grande identificação.

Achar algo que eu fizesse bem foi algo árduo de encontar, e mesmo assim, tem dias que mesmo me esforçando, o desânimo me alcança.
Viver em uma terra em que o padrão  ah ser atingido não é compatível com seus trejeitos, pode ser, doloroso.
Tentar se tornar alguém que orgulhe seu povo dói.

Ando até meu irmão o abraçando, ele tomba a cabeça contra meu corpo, retribuindo meu abraço.

-Eu sei,que um dia você vai fazer coisas incríveis, e todos vão ver você como eu vejo.

-Um bobão?

Falou sarcasticamente, com a voz abafada por está contra meu corpo, o  que me  faze  sentir as vibrações de sua voz enquanto ele fala.

- Como você é incrível, meu irmão

Digo depositando um beijo em sua cabeça.
É fato de que, meu irmão em meu campo de visão, mesmo com todas as críticas das pessoas, ele é incrível.
Ele é inteligente, astuto. Ele consegue imaginar coisas para construir, que mesmo que ainda não tenham saído do papel, tem o potencial de mudar nossa ilha.
E me deixa triste o fato dele não enxergar isso em si.

Ele separa um pouco o contato, para me encarar nos olhos, seu olhar desanimado é bem perceptível, tento pensar em maneiras de anima-lo.

-Vamos la, vim te chamar para almoçar !

Digo pegando em suas mãos, o puxando para se levantar da cadeira, ele resmunga enquanto se levanta.

-Eu tenho que ir mesmo ?

-Pode deixar, não vou deixar Dagur tacar facas em você!

Digo andando segurando sua mão ao andarmos, ouvindo Soluço rir  com meu comentário.
Andamos até o grande salão, aonde todos já nos esperavam para o banquete.

Meu irmão senta entre eu e meu pai, Dagur dessa vez abandou Melequento, se sentando ao meu lado, já o  Jorgesom  está dessa vez, sentado em outra mesa com sua família.
Não vou dizer que estou triste com isso, é a primeira refeição desse tratado anual, que temos alguma paz aqui.

Na verdade, não lembro de nenhuma outra visita como está tão calma.
Mesmo em um salão repleto de pessoas, a atividade anual que menos gosto, está sendo prazerosa.

Enquanto Wosvald honrra sua promessa, contando junto ao meu pai as mais cabulosas histórias de suas aventuras nos mares.
Avia momento que não somente eu ria, mas também Dagur e Soluço ao meu lado.

Um de nós três de vez enquanto os fazia perguntas, quando a história estava cabulosa, sempre tendo uma resposta que nos deixava estupefato.

Posso garantir que foi um dos melhores dias de minha vida essa tarde, o clima de risadas, alegria.
As horas passaram e nem percebemos, quando dei por mim, os adultos já assinavam as papeladas, as quais dizem que nossas tribos conviveram em paz.

Um acordo não somente verbal, mas como também de atos e ações, que nossos povos querem igualmente um futuro juntos.
E pela primeira vez, a ideia de ver anualmente o cabelos de fogo, agora um amigo e aliado, não era mais tão rui.

Aliás, era a primeira criança que era meu amigo sem ser meu irmão ou o jovem Larsem.
Isso era uma grande conquista para mim, talvez fosse um sinal que estava crescendo, e passando algumas antigas barreiras, mesmo que lentamente.

Então não podia evitar de sorrir, enquanto balançava minha mão calmamente de um lado ao outro, me despedindo do barco Berserker que navegava para fora de nossas águas.

-Ate ano que vem ~

Murmurou para mim mesma, parando de fazer o movimento com minhas mãos.
Até sentir as mão de meu pai em meu ombro.Viro meu rosto de lado, vendo que ele fazia o mesmo ato com meu irmão.

-Fizeram um bom trabalho hoje, mantendo Dagur fora de encrenca.Obrigada.

Pela fala dele, ele já sabia do nosso esforço destraido Dagur, e de meu irmão afastando Melequento dele.
Como papai sempre dizia, " Nada nessa ilha aconteceu sem que eu fiquei sabendo".

Eu e meu irmão trocamos olhares, certamente felizes com a fala de agradecimento de papai, era boa a censaçao de estar o orgulhando.

-Sempre as ordens velho !

Disse meu irmão animado, enquanto eu levava minha mãos ao contato da de meu pai, a segurando de volta.

Hoje, tinha sido um bom dia.

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