ᴵˢˢᵒ ᵈᵒᵉᵘ ᵐᵃⁱˢ ᵉᵐ ᵛᵒᶜᵉ̂ ᵒᵘ ᵉᵐ ᵐⁱᵐ ? ²

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-Ei, calma, tá tudo bem, eu estou bem !

Ele disse tentando me acalmar, enquanto se senta ao meu lado, posso sentir seu olhar em cima de mim, mas não consigo olhar de volta.

Alguns segundos em silêncio, até eu sentir seu braço envolver meus ombros e costa, um abraço lateral

-Eu não te entendo, da última vez que nós vimos, você caiu e se machucou feio, mas não chorou uma única gota, mas comigo, está chorando por causa desse pequeno arranhão ?

Sua voz era calma, ele realmente parecia estar tentando me animar.
Levanto meu rosto cheio de lágrimas, que escorram em minhas bochechas com meu movimento de cabeça, em que  troco olhares com o mesmo.

Ele avia o semblante leve, com um sorriso  lateral nos lábios.

-Não se preocupe comigo, fico pior quando treino !

Ele falou, dando uma risada meio insana dele.
Os próximos minutos que se passaram, ele se empenhou para me fazer parar de chorar , falando de vezes de seu treino, que ele se machucou pior.
Eram histórias engraçadas e estranhas, acompanhadas com a insana risada de Dagur.
Ele só se deu por satisfeito, quando me vê rir, arreganhando os dentes.
Quando isso acontece, posso o notar me observando por alguns segundos, claramente contente de, ter me feito soltar um riso.

-Voces não vai chorar de novo,né ? não curti te ver triste

Falou se levantando do chão, logo estendendo a mão para mim, que a  aceito, segurando sua mãos enquanto negava com a cabeça , enquanto ele me ajudava a levantar do chão.

-So se você me deixar te fazer um curativo

Planejava o levar para minha casa, lá tenho em minha bolsa alguns itens de auto socorro, sempre os levo para todo lugar que eu vou.
Principalmente quando vou para a floresta sozinha, mas hoje minha bolsa ficou em casa.

Eu até poderia o levar para a casa de Gothi, mas não quero incomodá-la, alis, a casa de cura é na casa dela.
Se virem Dagur entrando na casa de cura, vão achar que ele está gravemente ferido, o que faria um escarcéu.

Digamos que, os vikings são ruins em passar informações corretamente, quando a notícia chegar aos ouvidos de meu pai, vão ter o dito que Dagur morreu e é necessário um funeral viking.
Então, melhor evitar tumulto.

-Um curativo ?

Perguntou Dagur, enquanto iniciamos nossa passada de volta a aldeia.

-Uhm, só se continuarmos jogo das perguntas , okay ?

Continuou sua frase, em que cantarolo em concordância.

-Me conte , o que faz nessa ilha para passar o tempo ?

-Bem, eu trabalho na casa de cura da aldeia, fico quase o dia todo lá, no meu tempo livre gosto de passear na floresta e ler.

-Não imaginava  que gostasse de acampar ou coisas do tipo, mas até que te imagino lendo uma pilha de livros

-Não é por acampar, gosto por ser calmo e quieto, sem pessoas, só a natureza.

-Não é muito sociável, não é?

Questionou, claramente retórico

-Não é o meu forte, acho que me dou melhor com livros e o silêncio

-Gosta de livros de que ?

-Aventura !

A resposta simplesmente saltou de meus lábios com empolgação, fazendo o cabelos de fogo ficar surpreso no começo, logo soltando um sorriso

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