ᴬ ᶜʰᵃᵛᵉ ᵖᵃʳᵃ ᵘᵐ ᵗᵘᵐᵘˡᵗᵒ

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Andava pela ponta dos pés , tentando não fazer barulho enquanto atravessava o quarto em que Dagur passou a noite.
Como ele estava se banhando, era minha melhor oportunidade para tentar pegar a chave.

Soluço estava de vigia do lado de fora, enquanto eu vasculho  o quarto, tentando achar o objeto metálico, torcendo para ele está no quarto.
Odin ouviu minhas presses, a chave estava encima da cama, junto com sua típico bandana de couro.

Pego a chave em minhas mãos, o murmuro de Soluço, falando ter ouvido um barulho me faz entrar em desespero.
Saio do quarto, andando rápido tentando chegar até a sala de jantar. Meu irmão, fecha a porta do quarto da maneira que a encontramos e rapidamente me acompanha

Vamos até a sala de jantar, aonde os adultos já tomavam café, sentei ao lado de meu irmão, ambos perto de nosso pai.
Com medo deles vem a chave, e iniciar o questionário, tento  pensar em maneiras de esconder o objeto.

Tudo poderia ser mais fácil se contássemos o que está acontecendo aos adultos.
Porém,Dagur é instável, tenho medo dele querer se vingar da "repreensão" que irá receber, em mim e meu irmão.

Aliais, quem além de nós na  vila, seria capas de contar tau ato obsceno do jovem cabelos de fogo ?

Todas as crianças o temem,nos não somos diferentes porém, não conseguimos não fazer nada diante dessa situação.

Um ato de desespero, ao ouvir o barulho dos passos de Dagur, me faz botar  chave de metal na boca.   

Ninguém além de meu irmão parece perceber meu ato de desespero, ele reprime o susto, tentando fazer seus olhos arregalados volta ao normal, tomando seu café da manhã.

Dagur parece não ter notado o sumiço da chave ou pelo menos, ele finge muito bem.
É estranho até dizer, como ele fica quase fofo com seus cabelos úmidos e bagunçados.
Ele está com um olhar menos agressivo, parecia apenas está cansado ,mantendo seus olhos entre abertos.

Talvez seja por isso que ele ainda não notou o sumiço da chave.
Ele se senta ao lado de seu pai, que ri mechendo em seus cabelos ruivos.
Wosvald o entrega um copo, provavelmente com alguma bebida, ele o pega praticamente de olhos fechados o tomando.

Essa cena teria sido adorável, se não fosse pelo gosto metálico da chave em minha boca.
Onestamente, tento não pensar muito pelos lugares nojentos que essa chave esteve, para evitar de vomitar a qui e agora.

Talvez tenha sido uma má escolha botar a chave justamente na boca, mas na hora do medo, não tive um bom raciocínio

Mas agora, como vou tomar o café da manhã ?
Pelos deuses.

Um copo de leite dado por meu pai a mim.
É aí que tenho uma ideia, arriscada porém tenho.

-Cafe da manhã moça, a refeição mais necessária.

Concordo com a cabeça pegando o copo em mãos, agora era hora de executar meu plano.
Fingir bebê o leite, enquanto cuspo a chave dentro do copo.
Foi um pouco complicado fazer isso sem fazer barulho, mas consegui.

Suspiro aliviada, segurando o copo na mão, observando o leite que cobria por completo a chave.
Fico triste em perder meu leite matinal, mas pelo menos tirei o metal da boca

-Soube que tem um lago por aqui, queria saber se podia ir nadar um pouco.

Finalmente se pronunciou o cabelos de fogo, agora com os olhos mais atentos, enquanto levava um pão até seus lábios.

-Acho uma boa ideia , o lago Lars não é muito longe, e é bastante revigorante.

Disse meu pai

-Seria incomodo ir comigo, Soluço ?

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