capítulo vinte e nove

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POV's Bruna Marquezine

Chegamos em um restaurante de um amigo meu, eu fui até o gerente e pedi por uma mesa mais reservada, o garçom nos acompanhou até a mesa e deixou com a gente um cardápio.

- Você é mais esperta do que eu pensava. - olhei sem entender enquanto pegava o cardápio

- Me trouxe pra um lugar público pra não correr o risco de eu te atacar.

- Olha que eu não tinha pensado nisso, sou esperta até quando não tenho a intenção de ser. - Voltei os olhos pro cardápio. - Eu to morrendo de fome, você vai querer algo?

- Você! - Fingi não ouvir pois não tinha resposta e também para não deixar explícita a vergonha ao ouvir aquilo.

- Eles fazem uma espécie de macarrão aqui que é uma delicia, você vai adorar. - Ele segurou as minha mãos me obrigando a olhar para ele, delicadamente tirou o cardápio e o colocou sobre a mesa.

- Comer é a última coisa que eu quero agora, me fala o que você queria me falar.

- Não sei mais se eu quero falar alguma coisa, acho melhor deixar pra lá.

- Não precisa ter medo, prometo ser o mais compreensivo possível.

- Ok, procure me entender porque ultimamente nem eu tenho conseguido isso. - Ele assentiu enquanto fazia carinho nas minhas mãos que ainda estavam junto das dele.

- Eu vi a sua foto beijando uma menina esses dias atrás em uma balada e admito que fiquei com um pouquinho de ciumes. - Ele sorriu triunfante.

- Mas Bru, você a todo momento me lembrava de uma forma ou outra que não queria nada co...

- Espera, deixa eu terminar se não eu não vou conseguir, eu sei que não tem motivos pra você não ficar com outra pessoa, a gente não tem nada e só ficamos uma vez mas é que isso é meio novo pra mim, como eu te disse lógico que já fiquei com outros meninos mas eles moravam aqui e a gente se via mais frequentemente e não eram vidas tão expostas, e então como não tinha vivido uma situação assim me incomodou e isso aconteceu principalmente porque eu não sei o que ta acontecendo aqui, entre a gente.

- E o que você quer que eu faça em relação a isso? - Me senti mal ao ouvir a resposta dele a tudo que eu tinha falado, eu tinha acabado de falar que sentia ciumes dele e ele tinha tratado isso como algo natural, talvez até fosse mas me fez sentir mal e eu soltei das mãos dele.

- Não sei Neymar, aliás nem sei porque te falei isso.

- Ei calma, desculpa se eu falei com as palavras erradas, mas já que você não entendeu vou explicar, lembro de ter sentido uma grande atração por você quando vi sua foto mas quem não sentiria? Você é linda! E quanto mais eu conversava com você mais linda você ficava pra mim e antes de te ver eu já sabia que não queria só sua amizade mas você é muito dificil e nervosinha. - Eu ri.

- Isso porque você é ousadinho, se eu fosse boa demais coitada de mim em suas mãos.

- Enfim, quando você me disse que estaria em Santos eu sabia que precisava te ver, sabe Bru quando eu quero uma coisa eu corro atrás e talvez pela minha fama hoje as coisas não demoram a acontecer quando eu quero, mas com você foi diferente mas isso não me deixou em nenhum momento indignado ou algo assim, como eu te disse uma vez o seu jeito só me fazia ter cada vez mais certeza do que eu queria, acho sim que fui precipitado te levando lá em casa.

- Mas eu gostei de conhecer sua família.

- Eles também gostaram de você e esse foi um dos motivos para o meu pai não ficar tão bravo por eu estar aqui hoje, mas como eu dizia, depois que a gente ficou a única coisa que eu queria era que acontecesse de novo, mas você nunca me deu abertura pra demonstrar ou falar isso, eu acho que eu tenho até medo de você, mas não levei tão a sério, foi ótimo claro mas tentei não colocar expectativas porque você é uma caixinha de surpresas, mas hoje, aqui com você, olhando pra você, uma coisa eu sei, me fala o que você quer de mim e eu prometo fazer exatamente isso.

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