capítulo dezoito

11.3K 488 18
                                    


POV's Neymar Jr.

- Acho Paris um lugar romântico, talvez seja a impressão que os filmes passam, mas tudo naquele lugar cheira a romance.

- E você é romântica? - Eu perguntei, estávamos sentados lado a lado e olhando em direção ao mar.

- Acho que toda menina é um pouco romântica, ainda que esconda, acho que eu demoro a demonstrar esse lado mas depois que sinto confiança, eca sou um nojo.

- Duvido que seja ruim. - Eu disse e ela sorriu meiga, o sorriso dela era tão lindo.

- Você é? - Ela me perguntou.

- Quando estou apaixonado.

- E está? Quer dizer, já esteve?

- Já estive faz um bom tempo.

- Pela mãe do seu filho?

- A Carol? Não, a gente teve um lance legal, eu gostava dela, ela é uma ótima pessoa, legal, divertida..

- Então por quem?

- Foi uma namorada minha, o nome dela é Fernanda, eu era mais moleque. - Eu disse me lembrando, foi uma paixãozinha de adolescência.

- Pelo jeito que você fala parece que sente falta.

- Não, não mesmo! Foi bom enquanto durou, passou! Foi minha primeira paixãozinha, minha família até hoje fala com ela, mas decidir por não ficar com ela foi uma da melhores coisas que eu já fiz.

- Por que? - Ela virou o rosto em minha direção.

- É complicado explicar, não guardo rancor, mas no fim do nosso relacionamento ela se tornou uma pessoa diferente, fez coisas que me decepcionaram e me fez perceber que ela era a última pessoa com quem eu queria ter uma vida, brigamos muito, terminávamos e voltávamos afinal tanto tempo junto é difícil terminar de vez, e nesse vai e volta eu me envolvi com a Carol, elas eram amigas, e ai sim foi o fim realmente.

- Se arrepende de ter terminado assim?

- Mais ou menos, me arrependo por ter feito a amizade delas acabar, mas não me arrependo porque isso me trouxe o Davi.

- Seu filho.

- Isso, o moleque é a coisa mais importante da minha vida.

- Não foi fácil né?

- Não, a gente não namorava, eu estava em um dos melhores momentos da minha carreira, tinha acabado de terminar um relacionamento, acharam até que a Fernanda era a mãe depois que foi divulgado que eu seria pai, foi complicado mas valeu a pena.

- Você não se sentiu na obrigação de ficar com ela? Sei lá.

- Eu não amava ela, seria um erro, aliás dois, estaria errando comigo e com ela.

- Você é mais cabeça do que eu pensava, não pelo que a mídia diz mas sei lá. - Ela disse sorrindo

- É o rótulo que colocam nos jogadores, mas e você? - Eu olhei pra ela que não tirou os olhos do mar. - Já esteve apaixonada?

- Tive um namorado, ele não era famoso eu era mais nova então não tive essa pressão da mídia em cima, era um vizinho, namoramos um pouco mais de um ano, mas acabou. - Ela disse pensativa

- Você terminou?

- Não, ele, descobri que ele tinha me traído quando ele resolveu ficar com uma outra lá.

- Azar o dele. - Que cara otário.

- Exatamente. - Ela disse e nós rimos.

- Só? Nenhuma outra história? - Perguntei, eu queria saber mais sobre a vida ela.

- Fiquei com alguns meninos, poucos famosos, acho que famoso mesmo só uns dois, nisso sou bem diferente de você.

- Admito! Não nego, mas elas que me atacam.

- Sei, eu sempre fui meio boba, acredita que teve uma época que eu já fui apaixonada pelo Caio Castro? - Olhei sério pra ela.

- Conheço ele.

- Eu também! Ele foi o meu príncipe de 15 anos, somos amigos, já contei essa história pra ele, coisa de criança.

- Gente boa, mas não sei o que veem de mais ali, sou mais eu ein, minha irmã também fala dele.

- Até a minha fala e olha que ela é uma criança.

- Você só tem uma irmã? e seus pais?

- Só, ela é a minha princesa, meus pais são os melhores, minha mãe me acompanha em tudo, quando é coisa de trabalho claro, ela conhece todos os meus amigos, as vezes é meio xerife sabe?! Mas é a minha melhor amiga, sabe tudo da minha vida, me ajuda, me incentiva, me apoia, mas me dá cada bronca, acho que ela não percebe que eu cresci.

- Com essa cara de criança, é meio difícil perceber mesmo. - Disse e ela riu.

- Bobo! Já meu pai é mais tranquilo, mas é o meu herói desde pequena é pra quem eu fujo quando o mundo desaba sabe?

- É lindo ver você falando da sua família, espero um dia conhece-los.

- Com certeza. Minha mãe faz questão de conhecer todos os meus amigos. Mas me conta da sua, sempre vejo fotos deles e dos seus amigos no seu instagram.

- Acho que não vou saber falar tão bem quanto você, mas enfim a minha irmã é tudo pra mim, a gente raramente briga, ela sabe de tudo sobre mim e me conhece demais, tanto que chega a me irritar as vezes, meu pai é o cara, tudo que sou devo a ele, tudo que tenho, tudo tudo! Minha mãe é bem reservada, mas é a alegria da casa, ela é igual toda mãe bem coruja e ciumenta e os meus amigos, são parte da família, não tem como falar de família e não falar deles, estão comigo em tudo, dos momentos ruins aos bons.

Nós continuamos trocando figurinhas sobre as famílias e as manias de cada um, rimos muito e aos poucos vamos nos conhecendo cada vez mais. Ela é uma menina incrível. Depois de algum tempo o celular dela toca, ela atende e era a mãe dela pedindo pra ela ir embora, nós vamos até o carro e tem assunto que não acaba mais. Até que chegamos no prédio de dela.

- Adorei te conhecer, quanto mais te conheço mais gosto de você. - Bruna sorri e coloca o celular na bolsa.

- Eu também Ju, posso te chamar assim né?

- Claro linda, espero não demorar pra te ver de novo, se antes de conhecer eu tava louco pra te ver imagina agora.

- Mas não me faça mais dessas surpresas, me avisa da próxima.

- Não gostou da surpresa?

- Mais ou menos, vou subir Ju minha mãe odeia demoras, a gente continua se falando por mensagem né?

- Com toda certeza. - Nós ficamos sem graça, sem saber bem o que fazer, ela abaixa a cabeça sorrindo, eu seguro o queixo dela levemente levantando ele até que os olhos dela encontram os meus.

- Valeu a pena vir pro Rio.

- Que bom, agora posso te garantir que somos amigos. - Eu fecho os olhos demoradamente "amigo, amigo, amigo" suspiro e confirmo com a cabeça, dou um beijo no rosto dela.

- Até a próxima Bru.

- Tchau Ju - Ela sai do carro, enquanto ela ia caminhando até a portaria fico pensando no que faria se ela tivesse dado abertura, antes de entrar ela olhou mais uma vez pro carro, acenou e entrou no prédio.

You Are At AllOnde histórias criam vida. Descubra agora