[24] Confissões

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— Certo, então, vamos colocar o Sr. Potter de pé, certo? — Umbridge disse, sua voz perigosamente suave. Harry teve apenas um momento para se preparar antes que punhos em seu colarinho o arrastassem para cima. — Onde estão os óculos dele? Não podemos esquecê-los — Harry sibilou enquanto seus restos quebrados eram empurrados rudemente em seu rosto; Umbridge resmungou. — Não podemos ter isso, podemos? — Harry estremeceu com o aparecimento repentino de uma ponta de varinha em seu rosto. — Reparo! — ele sentiu seus óculos se reorganizando em seu rosto, uma lente quebrada o cortando logo abaixo de seu olho enquanto se remodelava. — Lá vamos nós, muito melhor.

— Se você diz — Harry disse rispidamente, — eu ainda não consigo ver nada — por mais consertados que estivessem, seus óculos não conseguiam superar o sangue em seus olhos ou a visão dupla que acompanhava os vários socos no rosto.

Umbridge resmungou.

— Que linguagem, Sr. Potter — dez pontos a menos que a Grifinória! — Os alunos que acompanhavam Umbridge riram sombriamente, mas suas risadas cessaram rapidamente quando perceberam que Harry também estava rindo: — Alguma coisa o diverte, Sr. Potter? — Umbridge disse bruscamente.

Harry deu de ombros e mostrou seus dentes manchados de sangue para ela em um sorriso irônico.

— Quero dizer, você tem que admitir, é um pouco engraçado. Meu rosto está todo amassado e você acha que eu me importo com os pontos da casa?

Ele a ouviu sibilar por entre os dentes cerrados:

— Bem, Senhor Potter, se é assim que você se sente, talvez precisemos falar com você em uma língua que você entenda.

De repente, sentiu um punho no estômago – de Goyle, talvez? Harry não tinha certeza. E embora doesse (ele se viu dobrado ao meio tentando recuperar o fôlego), ele estava distraído pelo pensamento de que Umbridge havia criado sua própria máfia adolescente, e com a adrenalina o deixando estranhamente bêbado, ele não conseguiu deixar de achar tudo muito engraçado.

— Traga ele — Umbridge disse bruscamente, — e me dê o que sobrou disso.

Harry nem sequer pensou em lutar de qualquer forma - não que ele achasse que ainda tinha muita luta nele. Ele mal conseguia andar em linha reta, e foi preciso Crabbe e Goyle de cada lado para que ele chegasse à enorme gárgula que guardava o escritório do diretor. Harry estava começando a pensar que Umbridge poderia realmente ser louca - ele não tinha certeza de quão bem isso provavelmente seria aceito por alguém, Harry aparecendo com os dentes chutados e sangue literalmente por todo lugar. Dumbledore certamente não ficaria impressionado, e por mais que Fudge fosse um sujeito de trabalho, Harry duvidava que ele ficaria mais satisfeito com a ótica de um aluno de Hogwarts sendo espancado sob o comando de Umbridge.

— Isso é tudo, cavalheiros - obrigado! — Os sonserinos de cada lado dele o soltaram abruptamente, e Harry estava quase no chão. — Vinte pontos para a Sonserina.

Harry olhou turvo por cima do ombro enquanto se apoiava na parede.

— Cheerio rapazes! — ele gritou bêbado. — Obrigado pela ajuda!

— Fique quieto — Umbridge retrucou, agarrando Harry pelo cotovelo e puxando-o para mais perto da gárgula, — e fique em pé, seu garoto idiota — Harry sorriu para ela, seus olhos se esforçando para acompanhar enquanto a imagem dela na frente dele dançava e nadava entrando e saindo de foco.

— Espero que o Ministro tenha um estômago forte — ele brincou, — acho que meus dentes podem estar um pouco soltos.

Ela o ignorou.

Fizing Whizzbee!

A recepção que receberam quando entraram foi bem parecida com a que Harry esperava, mas, a julgar pela forma como Umbridge apertou seu braço com mais força, suas unhas cravando dolorosamente em seu bíceps, foi uma completa surpresa para ela.

The Shadow of Time | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora