[13] Éris: a Deusa da Discórdia

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Harry levou horas e horas para adormecer naquela noite. Sua mente estava dividida em diferentes direções, nunca se acalmando o suficiente para que ele dormisse. Ele oscilava entre a preocupação de que o uso da rede de flu por Sirius tivesse sido notado, a fúria pela arrogância de seu padrinho e o arrependimento por como eles terminaram a conversa. Ele finalmente caiu no sono por volta das cinco, e então dormiu com os alarmes de seus colegas de dormitório, e só acordou quando Ron o sacudiu gentilmente.

— Você vem, companheiro? — Harry olhou com os olhos turvos para seu amigo completamente vestido. — São quase oito.

Harry xingou baixinho, saindo da cama e acenando para Rony ir embora.

— Vá sem mim, não vou demorar — Ron saiu relutantemente, ainda olhando por cima do ombro enquanto fechava a porta atrás de si.

Harry se vestiu o mais rápido que pôde, colocando a camisa sobre os ombros enquanto escovava os dentes e calçando os sapatos enquanto passava um cinto pelas alças da calça.

Quando chegou para o café da manhã, o Salão Principal estava mais movimentado que Harry já tinha visto em muito tempo, tendo normalmente chegado lá significativamente mais cedo. Quase não havia espaço na mesa para ele; vendo sua aproximação, Draco deu uma cotovelada no aluno à sua direita e o encorajou a se arrastar pelo banco. Harry congelou por um momento, seus olhos alternando entre a falsa leveza das expressões de Ron e Hermione e a qualidade estrondosa mal reprimida de Draco. Ele se desvencilhou e sentou-se pesadamente.

— Eles te contaram sobre a noite passada — ele disse categoricamente.

— Eles contaram — Draco disse, seu tom espelhando o de Harry. — Ele é uma criança — gelo penetrou em sua voz, — e ele precisa de um cuidador.

Harry bufou, pegando uma fatia de bacon com os dedos.

— Ele precisa fechar a lareira.

— Ele está se comportando de forma muito imprudente — Hermione acrescentou calmamente.

— Ele deve estar ficando louco preso naquela casa - eu sei que ficaria — Harry se sentiu levemente incomodado com a visão simpática de Ron, e teve que se lembrar de que, como adolescente, a perspectiva de Ron poderia não ser bem a mesma.

— Se eu tenho que engolir e ir para os Dursley pelo bem maior - ou qualquer razão idiota que Dumbledore continua inventando para persuadir todo mundo de que é uma ótima ideia — Ron e Hermione trocaram olhares com seu tom áspero, — então o mínimo que Sirius pode fazer, como adulto, é lidar com ficar dentro de casa. Tendo em mente que ele ainda está vendo pessoas que realmente gostam dele regularmente — ele acrescentou com um escárnio.

— Lupin também está morando lá — Draco os lembrou, — ele não está sozinho, ele simplesmente não pode sair.

— Acho que sim — Ron murmurou.

— Você ainda acha que estamos fazendo a coisa certa, não é? — Hermione disse de repente, seus olhos disparando entre Harry e Draco. — Com a AD? É só que - saber que Sirius acha que é uma boa ideia, está me fazendo preocupar que não seja realmente uma boa ideia.

— É uma boa ideia, Granger — Draco disse firmemente. — Só porque ele concorda não significa que seja ruim automaticamente, embora eu possa entender por que você pensa isso — ele acrescentou baixinho.

Hermione assentiu lentamente, sua expressão ainda contemplativa e insegura.

— Vamos — ela disse finalmente. — Precisamos ir para a aula - nos vemos em Poções, Draco.

— Espere — os dedos de Draco agarraram o pulso de Harry antes que ele pudesse sair, — você não comeu — ele disse com uma carranca, transfigurando um guardanapo em papel alumínio e usando-o para embrulhar um sanduíche de bacon feito às pressas.

The Shadow of Time | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora