[30] A Cadeia do Destino

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Harry se viu parado no meio da sala comunal da Sonserina sem nenhuma lembrança de como tinha chegado lá, seu coração batendo forte no peito, seu sangue jorrando alto em seus ouvidos. Ele precisava falar com Draco. Ele precisava falar com Draco agora mesmo. Ele estava vagamente ciente de que havia dito aquelas palavras em voz alta, enquanto alguém (Blaise, ele pensou) desaparecia da sala comunal e descia o corredor que levava aos dormitórios.

Porra. Porra. O que eles iriam fazer? O que eles iriam fazer? O pensamento continuou circulando na mente de Harry, e ele esperava a cada repetição que ele pensasse em alguma resposta, mas ele não tinha nenhuma. Ele sabia que eventualmente eles teriam que confrontar Voldemort, mas ele presumiu que eles fariam isso com todas as suas Horcruxes, exceto Harry, destruídas. Eles precisavam destruir o anel. Mas como eles iriam fazer isso se Voldemort o estava protegendo? Eles podem ter sido bruxos talentosos, mas Harry duvidava que eles pudessem vencer Voldemort em uma luta direta. Porra! O que eles iriam fazer!?

— Harry? — Draco estava de repente na frente dele, olhando cuidadosamente para seu rosto e apertando seus ombros com as mãos. — Harry, o que há de errado? O que está acontecendo?

Harry respirou fundo e conseguiu dizer as palavras:

— Precisamos conversar — ele conseguiu forçar, — Precisamos conversar - em particular.

Draco assentiu cautelosamente.

— Ok, sim, ok, vamos lá — ele pegou Harry pelo pulso e começou a puxá-los de volta para a porta da sala comunal; ele parou para bater a mão no ombro de Blaise e dizer, — Obrigado —, antes de eles saírem.

Harry não tinha certeza para onde Draco o estava levando - ele o seguiu entorpecido pelas masmorras e por um corredor que ele nunca tinha se aventurado antes. Eles pararam do lado de fora de uma sala de aula abandonada trancada apenas pelo tempo que Draco levou para destrancar a porta e arrastar Harry para dentro. Por um momento, Harry se distraiu com a sala estranha em que se encontravam - havia desenhos familiares e desbotados no quadro negro na frente deles. Esta tinha sido uma sala de aula de Alquimia antigamente?

— Harry? — Harry voltou rapidamente ao presente e encontrou um Draco preocupado olhando atentamente para ele. — Harry, você está bem? O que há de errado? O que está acontecendo?

— O anel — Harry soltou, lutando com suas palavras, o pânico em seu peito tornando quase impossível falar. — O anel. Ele tem o anel.

Draco empalideceu e passou a língua nervosamente pelo lábio superior, mas quando falou sua voz estava firme.

— Como você sabe? Como você sabe que ele tem o anel?

— Snape me disse — ele disse brevemente, tentando manter sua voz firme. — Porra. Porra, Draco. O que vamos fazer? — quando Draco não respondeu imediatamente, Harry sentiu-se começar a entrar em espiral. — Nós deveríamos destruir o anel, e então só haveria eu para me preocupar. Mas - mas agora! Como devemos destruir o anel com ele protegendo-o? O que vamos fazer se ele decidir escondê-lo novamente? Como o encontraríamos?!

Draco finalmente voltou à ação, suas mãos pairando nos ombros de Harry e tentando desesperadamente conter o ataque de pânico que estava se formando.

— Harry - Harry, apenas respire, ok. Apenas se acalme -

Se acalme?!! — Harry gritou. — Como eu vou me acalmar?! Tudo o que temos trabalhado depende de destruirmos aquele anel! — ele tropeçou para fora do aperto de Draco, segurando suas mãos entre elas. — Se não podemos destruir o anel, então não podemos matar Voldemort para sempre, e nós estaremos de volta a esse mesmo cenário exato em uma década!! Porra... porra... merda, Draco, PORRA!

The Shadow of Time | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora