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Se passaram dois meses desde daquele jantar e Miranda e eu estávamos cada vez mais próxima, não posso afirmar, mas acho que nós somos amigas.

Ultimamente tem jantado quase todos os dias na casa de Miranda e quando as meninas dormem a gente sempre bebe. É simples, mas é tão legal esses momentos com ela.

Também emagreci muito, não venho me alimentado corretamente, na revista fico a base de café, parece que virei aquelas modelos, mas na verdade não tenho nem tempo para respirar, e o desfile está chegando.

Digamos que Miranda mudou muitas coisa em mim, não só sentimentos incríveis que estou descobrindo com o tempo, porém mudou todo meu armário, acho que joguei todas as peças fora, a maioria das roupas eu nem comprei, Miranda que me presenteou. Só uso os óculos as vezes pois agora estou usando lentes.
Meu cabelo mudou, acabei alisando e colocando franja, mas daqui alguma meses meus cachos irão voltar, porque se minha mãe me ver de cabelo liso ela me mata.

Estou ainda mais próxima das garotas, que amam quando todas as noites nos brincamos.

                  ━─◈─━

Já estávamos no meio da tarde e Miranda avia pedido um café, bati na porta e escutei "entre". Miranda estava de pé no telefone, pelo que entendi era da escola das crianças, parece que elas aprontaram algum.

—Não, eu não estou nem aí para sua incompetência, elas são apenas crianças e se defenderam.

Ela ia de um lado pro o outro, com seus saltos Balenciaga e com um terno preto que me deixa quente. Meu deus que mulher linda pra caralho!

—meu motorista está indo buscá-las.

Desligou o celular.

—o que aconteceu com as garotas?

—parece que uma menina maior que elas estava dando apelidos maldosos, e acabou que as duas cortaram e colocaram chicletes no cabelo da garota.

Eu não me aguentei e comecei a ri, Miranda foi outra que acompanhou meu riso.

—Elas são magníficas. Tem o seu gênio.

Limpei uma lágrima no canto do olho me recuperando das risadas.

—Sim, elas tem a quem puxa.

Miranda está do lado da mesa e andei até ela para entregar seu café, mas acabei tropeçando no tapete e cai em cima dela. O copo de café estava intacto no chão e Miranda estava com os olhos fechados, estávamos em uma posição peculiar, levantei me tronco percebendo que estava bem em cima dela, sentada em seu quadril.

—Miranda está tudo bem?

Falei preocupada.

—Miranda, abre os olhos você está me preocupando.

Peguei a mesma pela nuca e aproximei meu rosto do seu, elas abriu suas íris azuis.

Naquele momento estávamos tão próximas que eu conseguia sentir nossa respiração se misturando, nossos olhares estavam ligados um no outro, não consigo desviar. Miranda colocou a mão no meu rosto o puxando mais para perto de seu, estavam quase se encostando quando eu sentir algo crescendo entre minhas pernas, é isso me surpreendeu! Sentei ainda mais no colo de Miranda e tive certeza que era um pênis. Meu deus, um pênis!
Isso me deixou eufórica.

É mesmo eu não tendo nenhuma experiência sexual e ter um medo irracional de transar, eu queria tocar Miranda, naquele momento eu não estava pensando eu nada, a necessidade de tocar Miranda era maior do que a necessidade de respirar. Com nossos olhos ainda conectados apalpei seu corpo, seus seios eram macio e pequenos, Miranda suspirou fechando os olhos. Ela estava quente, na verdade essa mulher é o próprio vulcão queimado em chamas e eu não estava tão diferentes, eu chegava a suar de nervoso.
Minhas mãos foram descendo até aquele monte no meu das calças de Miranda e confirmei minha suspeita, era um pau grande e grosso que pulsava na minha mão.

Com o sonho de tocar nós céus venho a grande realidade, na verdade eu fui jogadas ao chão. Parecia que estava chegando nas portas do céu e quando eu fui entra me jogaram ao inferno...

Miranda basicamente jogou meu corpo no chão, acho que bati a cabeça e torci o tornozelos.

Gemi de dor com os olhos fechados e escutei a voz de Emily

                 ━─◈─━

Abri os meus olhos devagar e vi que estava na cama de um hospital.

—o meu deus, você acordou.

Senti alguém tocando meu rosto, era Miranda.

—perdão, eu não quis machucar você.

Ela me abraça, é isso é bom, muito bom! Seu cheiro, seu calor, é tudo tão tranquilizante, parece até sonho Miranda Priestly me abraçando! Porém chega de sonho.

—o que aconteceu?

Miranda se afastou e se sentou na cama, meu corpo sentiu falta do seu calor.

—eu derrubei você e desmaiou, os médicos disseram que não tinha nada nos exames, mas parece que você terá que fazer exames mensalmente para conferir se está tudo bem mesmo com a bancada na cabeça, torceu o tornozelos e vai ter que ficar de repouso por uma semana.

Uma dor de cabeça me atingiu, acredito que fiz uma careta.

—tá sentindo alguma coisa?

—uma dor de cabeça.

Miranda saiu de sala e voltou com um médico.

—olá senhorita Sachs, o que está sentindo?

—dor de cabeça.

—bom enormal depois da queda que a senhorita teve, irei dar analgésicos e já estará liberada, ficará de repouso por uma semana e terá que ter algum para cuidar de você pois pode ocorrer algum acidente.

—que tipo de acidente doutor?

Miranda fala disparada.

—o cérebro não apresenta nenhuma trauma, mas é possível que daqui a uma semana ou mês pode apresentar algo, então recomendo que fique por supervisão de alguém, pode ocorrer uma convulsão ou algo do tipo.

O médico deixou a sala e Miranda sentou ao meu lado, segurou a minha mão.

Meu corpo se arrepiou todo, sorri pra Miranda na tentativa de tranquiliza.

—Você vai passar esses dias lá em casa.

Amar ou odiar? Onde histórias criam vida. Descubra agora