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A semana se passou rápido, com a minha família em casa era só diversão, minhas mães puxando meu pé e mesmo eu não podendo sair por causa do repouso elas fizeram essa semana ser um máximo.

Fomos no médico e acabou me dando alta para voltar ao trabalho, porém pediu que durante 6 meses eu venha fazer uma consulta para ver se está tudo bem.

Acabei mantendo contato com as meninas a semana toda, eu ligava para Kara que me deixava falar com elas, ainda estava sem graça e não sei qual será a reação de Miranda, e acho que na segunda feira pela manhã quando eu chegar na revista e vou me depara com a mesma Miranda de antes, a que me maltratava, me ignorar, é indiferente comigo, irei encontrá-la com suas armaduras novamente.

Estava aproveitando meu último dia de folga, minha franja já estava grande, tanto que estava tendo que colocar ela para o lado.

Queria mudar, ficar com mais cara de mulher, e foi isso que fiz, Dafine, a cabeleira que tanto confio me deu várias ideias então decidi deixar meus cabelos mais curtos é uma cor mas natural de castanho.

Eu fiquei extremamente bonita, eu amei como ficou e acho que minhas mães também já que estão paralisadas de boca aberta.

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Segunda de manhã estava dentro do elevador com medo, querendo voltar para minha casa e chorar, acabou que minhas mães irão poder ficar mais uma semana em Nova York, vou amar ter elas por mais uma semana.

O som de que o elevador iria abrir se fez presente, a Runway já estava movimentada mesmo sendo cedo.

—Andreia meu deus, nossa! Você está deslumbrante, ficou muito bom! Nunca agradeci tanto a Deus por esta aqui cedo, a Runway tá um caos, ela já demitiu as 5 assistentes que passou por aqui.

Meu deus, ela deve estar uma fera.
Olho a parede de vidro e vejo que ela já estava lá, era pra ela chegar só daqui a 40 minutos, que dizer que a situação não está boa mesmo.

—que Jesus me proteja, Em.

Fui em direção a sua sala com o coração na boca, com seu café em mãos, bati na porta e escutei " entre".

—bom dia Miranda! Seu café.

Depositei o copo em sua mesa, em nenhum momento ela olhou pra mim, nem sequer me deu um bom dia, ali eu já sabia que tudo voltou a ser como era antes, eu não tinha chão... saí da sala e voltei a minha mesa, comecei a digitar e xinguei Miranda de todos os nomes possíveis no computador.

"Cachorra, ordinária, filha da mãe, desprezível, vaca, canalha, escrota..."

Segurei o choro, e Emily veio com um disparar de ordens, todos para ser efetuados fora da Runway.
Agradeci aos céus, ela não me queria por perto então me mandou ordens para fora da Runway, sentei em um banco afastado onde quase ninguém passa e chorei, chorei muito, estava quase pensando em sair da revista.

Me recuperei e fui ao trabalho, xinguei Miranda mentalmente por me colocar pra andar tanto, eu estava bem, mas meu tornozelo não estava 100% e ainda estava de salto o que piorou tudo, cheguei na Runway no horário de almoço cheia de sacolas, dei as sacolas para o pessoal encarregado e me sentei na mesa, suspirei cansada ainda teria mais coisas pra fazer fora da Runway.

Tirei meu salto e coloquei meu pé no chão, fiz uma massagem leve no meu pé sentindo dor, acho que fiz uma careta.

—Andy, tá tudo bem.

Olhei para cima e vi Natalie com a cara de preocupada.

—estou sim, só meu tornozelo que eu achei que estava 100%, mas acredito que não.

Amar ou odiar? Onde histórias criam vida. Descubra agora