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Meu corpo girava a cadeira de um lado para o outro enquanto olho fixamente para aquele teste. Quem seria aquele homem? Se fosse um stalker?

O celular tocou me tirando a atenção, meu corpo tremeu pelo sustos. A tela do celular tinha letras grandes escrito "Amor".

"Está disponível? Posso te ligar?"

"Claro"

Meu celular vibrou, atendi na mesma hora um pouco aflita.

- Olá, esta tudo bem, amor? _ Miranda pergunta com uma tensão na voz.

- Estou sim, meu bem. _ respondi mantendo minha voz calma.

- Sentiu algum mal estar? _ ela parece desconfiada.

Pela semana toda ela me perguntava como eu estava mas era sempre quando ela podia me olhar nos olhos, ela sempre parecia estar lendo o meu interior procurando qualquer resquícios de mentira.

- Estou perfeitamente bem.

- Certeza?

-absolutamente.

- Certo. Liguei só para saber como está; estou sentindo sua falta. _ Miranda erra doce quando ela queria.

- Eu também, é estranho não almoçar na sua companhia.

- Ainda bem que lhe verei mas tarde, se prepare para esta noite, meu bem. Terei que ir, até mais.

- até mais tarde.

Desligo o celular o deixando sobre a mesa. Suspiro nervosa, Miranda sempre parece saber de algo, as vezes parece que estou sendo vigiada, não sei demais nada. Olho pro teste, desvio o olhar para minha barriga. Acaricio a elevação que se formou sobre ela.

- Se tiver alguém aí, sabia que será muito bem vindo. Não era o que eu estava planejando, porém se tiver um bebezinho aí prometo que nada lhe fará mal.

Me levanto pegando a caixa do teste, respiro fundo abrindo. Vejo as intrusões, pelo visto terei que fazer xixi nesse palito. Coloco o palito dentro da caixa. Toda minha coragem se esvaiu, ser mãe? Acho que estou louca, Miranda disse com todas palavras que avia feito a cirurgia, qual chance de dar errado?

Guardo a caixa dentro da bolsa e volto ao trabalho.

━─◈─━

Olho para Miranda que estava esbelta naquele vestido Valentino, de longe meus olhos a secavam enquanto ela conversa distraída com amigos.

- olhando assim irá arrancar pedaços. _ Saphira fala.

- Se eu pudesse já teria arrancado todas as peças que estão cobrindo aquele corpo. _ mordi os lábios sem desviar o olhar da minha mulher.

Seus olhos encontraram os meus, um sorriso se formou em seu rosto e foi impossível não sorri também. Me chamou fazendo gesto com as mãos.
Me aproximei do grupo e confesso que fiquei um pouco sem graça, pelos trajes sexy que duas mulheres usavam, as duas usavam mascaras pretas, a loira um corset que eleva seus seios e apenas uma calcinha, em seu pescoço avia uma guia, ao seu lado outra mulher com trança, pele negra, ela era linda e sua imagem me dava um pouco de medo, ela parecia assustadora com aquela calça de vinil preta super ajustada realçando seu corpo, por cima um corset vermelho.

- Essa é Kiara, ela irá nos ajudar na cena de hoje. _ Miranda mandou uma piscadela para mim.

Ela parecia realmente empolgada para hoje, me sinto muito nervosa, eufórica ao mesmo tempo. Todos estão colocando muito expectativa na nossa cena, e até agora eu não sei de absolutamente nada sobre. Miranda simplesmente não quis me revelar.

- É ótimo conhecer a mulher que derrubou todas as muralhas da grande rainha, a única a receber a coleira.

Fiquei um pouco confusa, imaginei que pela sua experiência esteve com outras submissas, o que parece que fui agraciada em ser a única e definitiva.
Sorri, meu coração chegou a ficar quentinho em satisfação, é estupendo.

A noite continuou, eu não avia bebido por ordens da minha senhora porém eu estava solta. Saphira estava a minha frente me olhando com seus olhos penetrantes, mordia os lábios e sensualizava ao som da música, The Weeknd. Suas mãos em meus quadris, minhas mãos em envolta do seu pescoço. Parecíamos até um casal mas só estávamos nos provocando, inclusive nossas mulheres que não tiravam os olhos de nós.

- Minha mãe que fez graça e colocou um "ph" com som de f no meu nome, na minha infância ela dizia que era nome de gente chique.

- Sua mãe estava certa. _ Debochei

Ela podia ser chique com outras pessoas porém comigo descia do salto.

- Para de brincadeira._ bateu de leve na minha coxa logo depois voltou a mão pra minha cintura. - se olhar matasse eu estaria a sete palmos do chão. Sua mulher é muito ciumenta, não sabe dividir.

Olhei na direção em que se encontra Miranda e Maitê, ela estava seria com um olhar mortal, sorri sugestiva. Vamos brincar um pouquinho...

Girei meu corpo colando minha bunda com o quadril da minha amiga, rebolei devagarinho passando ao mão por todo meu corpo ao som da música, cochas, quadril, barriga, seios, pescoço. Até minhas mãos tocarem o ar, meus olhos não desviaram por um só momento da mulher com olhos enfurecidos, em seus lábios avia um singelo sorriso, significando o quando eu estava ferrada.

Naquele momento só existia eu e ela, apesar de ter minha amiga bem atrás de mim acompanhando meus passos com a mão em minha cintura, eu não conseguia pensar nela nem na grande movimentação de pessoas ao nosso redor apenas nela na mulher que tem meu coração, meu corpo e minha alma. Olhos azuis que me tiram do chão, daquela boca que me deixa sem ar, das suas mãos que me levam ao céu.

Ela brilha caminhando em minha direção, com alguns passos a alcançei. Envolvi seu pescoço com meus braços, senti um aperto forte na minha cintura. Eu estava completamente hipnotizada pela beleza da minha mulher, analisando todo seu rosto perfeito, suas expressão suavizou-se. Nossos corpos se encaixaram sem deixar um espaço sequer, dancei no ritmo lento da música, ela me acompanhou mexendo um pouco os quadris.

Esse clima estava muito intenso, parecia que íamos nos devorar a qualquer momento, sorrisos, as carícias o olhar de caçador.

- Quero sua bunda rebolando da mesma maneira mais tarde, porém será no meu pau. _ sussurrou em meu ouvido e depois o mordeu.

Fiquei arrepiada só de imaginar. Seu dedo levanta meu queixo.

- Acho melhor iniciarmos a noite, quero te fuder imediatamente. _Afirmei com a cabeça. Miranda acenou com a cabeça para Maitê e Kiara.

Agora? Uou! Ta bom, ta bom, vai dar tudo certo. Eu confio nela.

Sua mão pegou a minha, caminhando para o centro do salão onde avia palcos espalhados. Nesse avia sustentações bem acima de nós. Avia uma mala pequena que identifiquei que era de Miranda.

- Confia em mim? _ tocou meu rosto com carinho.

-Sim, eu confio na senhora.

- Pode ser assustador, terá várias pessoas olhando para você. _ afirmei com a cabeça sabendo o que viria a seguir. - Não vou expor seu corpo, só eu posso saber o que tem por baixo desse lindo vestido. _ possessiva. - A qualquer instante diga sua palavra de segurança, vamos trabalhar com cores também, entendido?

- Sim, senhora.

-Vamos fazer arte.

Não avia entendido até que Miranda abriu aquela mala, avia uma corda, metros de corda. Olhei para corda e para sustentação no ar, shibari e o que ela está falando. O meu Deus, Deus não, Miranda. Nunca me senti tão ansiosa para algo.

━─◈─━

Oi gente! Desculpa, ultimamente eu não tenho tempo nem pra respirar e menos tempo para produzir conteúdo. Espero que entendam!

Nossa queria historia vai passar por alguns momentos difíceis pelos próximos capítulos, estamos um pouco longe do final.

Beijos na tetas de vocês, até o próximo capítulo.

( desculpe qualquer erro)

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