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Não falamos mais nada, eu ainda estava colocando meu pensamento em ordens, não acredito que fiz isso! Talvez Miranda não é a única que está mudando! Eu sempre fico na minha, não sou de falar mas naquele momento um ódio me consumiu...

Entrei no carro e suspirei, tampei meu rosto tentando esconder a minha vergonha. Escutei a porta se fechar e logo depois a gargalhada de Miranda, a olhei incrédula.

- Amor, você me surpreende à cada dia._ Não me aguentei e ri também.

Isso foi tão novo pra mim e tão libertador, eu queria ter tomado essa atitude desde do outro dia.

- Vem cá. _ sentei em seu colo. - Você foi demais hoje, estou orgulhosa; merece um presente tem algo em mente que queira pedir?

Fiquei pensativa no que poderia pedir.

- Pode ser dois? _ afirmou com a cabeça enquanto acaricia meu rosto. - Quero McDonald's e sorvete.

Seu olhar mudou para desaprovação, fiz biquinho com olhar de cachorrinho, eu estava morrendo de vontade de comer um lanche super gorduroso com bastante batata frita, Miranda é muito rígida com educação alimentar eu até entendo, as meninas se entupiram de besteira se pudessem. Faz meses que não como, Miranda senti o cheiro de gordura de longe.

- Esta tarde para comer... _ parou de falar assim que já demostrei que estava triste. -Só hoje, nada de dizer para às meninas. _ enchi seu rosto de beijos em alegria.

Nem acredito que amoleci o coração dela.

━─◈─━

- A gente pode para ali pra comer._ apontei para o central parque.

- Boa ideia.

Miranda estacionou o carro. Compramos um hambúrguer cheio de queijo que está me dando água na boca, eu não podia comer no carro porque o cheiro iria ficar, e em casa as meninas poderiam acorda e acabar com nosso plano. Com a sacola em mãos me sentei no banco com Miranda ao meu lado segurando o suco.

A noite estava linda o céu cheio de estrela a lua cheia. Abri o lanche e comi com a cabeça em seu ombro.

- Quando eu era adolescente costumava ficar olhando para as estralas. _ Miranda deu uma risada nasalada.

- Você fala como se fosse anos atrás sendo que saiu da adolescência a pouco tempo.

- Eu ja vou fazer 25. _ disse com a boca cheia.

- Certo, ultimamente você só sai da adolescência aos 25 com a crise dos 20.

Revirei os olhos porém ela não pode ver.

- Quero saber mais dessa pequena Andreia que olhava as estrelas.

Será que falo ou não? Esta na hora dela saber sobre mim.

- Tanto minha infância e adolescência foi uma catástrofe.

- Que falar sobre?_ afirmei com a cabeça.

Deixei o lanche na caixa e respirei fundo, tá na hora de abrir o jogo.

- Minhas mães sempre foram tão protetoras em tudo mas a maldade do mundo elas não foram capazes de me livrar. Eu sou fruto de um abuso, elas nunca me trataram de forma diferente sempre me amaram muito..._ respirei fundo antes de continuar. - Minha casa era a duas ruas da escola, quando eu estava no quarto ano do ensino fundamental implorei às minhas mães para me deixarem ir sozinha com minhas amigas, no caminho eu sempre via o mesmo homem parado próximo à escola.

Amar ou odiar? Onde histórias criam vida. Descubra agora