Amar ou odiar?

9

Sai de sua sala meio alheia, eu estava morrendo de saudades das garotas! Queria tanto ver elas, e hoje irei poder.

Passei o trabalho todo ansiosa e quando foi sete e meia já estava na porta de Miranda com o livro em mãos, abri a porta e já esperava ser empurrada ao chão, mas não. Fechei a porta e nada aconteceu, olhei para escadas preocurando  duas cabeças ruivas e não estava, fiquei tão mal... minhas expectativas foram quebradas, suspirei e me virei para colocar o livro na estante.

—preocurando alguma coisa? _Sua cabeça deitou para o lado.
—não, não, você está procurando alguém. As meninas estão na casa da mãe.

Desviei o olhar do seu e acredito que fique com um bico torto. Coloquei o livro e aguardei as roupas no armário.

—parece que suas expectativas foram quebradas.

Olhei para seus olhos e encontrei no seu rosto um sorriso de canto. Prestei atenção em suas vestes e quase babei, ela estava linda, um robe de cetim longo na cor branca  e estava entreaberto na areia dos seios mostrando várias sardas.
Se eu não estivesse triste por causa das garotas eu caia de boca nessa mulher.

— meus olhos são aqui em cima, An-dre-ia!

Acordei do meu transe e olhei pra baixo envergonhada, senti minhas bochechas queimarem, provavelmente estou toda vermelha.

—Por que gosta tanto das minhas filhas?

Olhei em seus olhos novamente preocurando a resposta certa.

—suas filhas trás luz pra minha vida, estou em Nova York sozinha, não tenho família aqui nem amigos, elas são as únicas que me recebem com tanto amor e carinho, e quando eu saio da sua casa e vou pra minha eu tenho que me depara com o vazio do meu apartamento; suas filhas são únicas Miranda, elas são tão espertas com tão pouca idade, até as armações delas são incríveis. E quem conhece elas de verdade conseguem sentir o quanto elas são doce e amáveis, eu amo muito suas filhas e sinto falta da alegria delas, do sorriso contagiante, da inocência até mesmo como elas defendem uma a outra... Elas são incríveis!

Suspirei. E vi Miranda de boca aberta, ela não tinha reação, me olhava e por um momento vi seus olhos marejados.

—com licença, tenho que ir pra casa.

Me virei para porta, querendo não chora, já sentia meus olhos lacrimejar...
senti uma mão me puxar.

— O que você tem com a Natalie? _ olhei bem para seus olhos e agora eu podia ver raiva.

—isso não é da sua conta, Miranda._ sua mão foi de encontro a minha bochecha segurando com força, fiz uma careta pela dor e ela froxou o aperto.

Não tive reação, não sabia o porque dela está me perguntando e me tratando assim.

—se for em relação a você e da minha conta sim.

Dei alguns passos para trás intimidada pela forma que falou e como sua voz estava rouca, e ela só se aproximava e quando fui ver estava com o corpo sendo pressionado contra o de Miranda, não tinha pra onde fugir minhas costas estavam na parede minhas mãos estavam sendo presas pelas mãos delas.

Eu estava quente, conseguia sentir sua respiração no meu rosto e seus olhos presos no meu. Encostei seus lábios nos meus, meu corpo se arrepiou, era só um selinho mas logo ela pediu passagem e dominou o beijo, era um beijo quente repleto de desejo, minhas mãos foram soltas e eu senti a mão de Miranda na minha nuca me puxando ainda mais para si.

Seus lábios tinha gosto de vinho e seu cheiro era muito bom, ela estava usando o perfume que foi criado especialmente pra ela, ela só usava em ocasiões especiais, isso quer dizer que ela usou especialmente pra mim, para me encontrar...

Beijei seus lábios com mais intensidade, colocando meus braços envolta ao seu pescoço, senti seu joelho na minha buceta, eu estava molhada muito molhada e tinha certeza que seu joelho avia meu mel, minha saia foi parar na bunda deixando minha calcinha amostra.

Eu estava em total mercê de Miranda, estava entregue a ela. Pela falta de ar nós se afastamos, mas ela queria mais... distribuiu beijos pelo meu pescoço me deixando fraca, seu joelho pressionou meu clitóris me arrancando um gemido.

—seus gemidos são meus_ mordeu meu pescoço me deixando sem ar. — sua boca é minha_ olhou em meus olhos e depositou um selinho nos meus lábios. — seu corpo é meu_ apertou a minha bunda com as duas mãos. — Não quero você de conversa  fiada com a Natalie, entendeu An-dre-ia?

Meu corpo se arrepiou todinho quando disse meu nome com seu sotaque britânico. Eu nunca avia sentido essas sensações, e estava ficando enlouquecida com seus toques.

— entendeu, ou terei que repetir novamente._ a mesma apertou a minha bunda com brutalidade me fazendo gemer novamente.

— entendi sim, Miranda. _ olhei pra baixo com vergonha.

A mesma se virou e me deixou ali ofegante e tentando entender o que avia acontecido, minha boca formigava, nem falo o estado de como esta a minha buceta...

Me olhei no espelho da sala e vi minha situação, minha boca estava vermelha inchada, meus cabelos um pouco bagunçados, minha saia estava na minha virilha, ahhhhh que ódio dessa diaba estou cheia de marcas no pescoço, sem contar a mordida gigante no meu pescoço, ela quer é marca território.

Será que ela está com ciúmes de Natalie?
Agora tudo faz sentido, esse comportamento de agora e como ela estava implicando comigo esses dias.
Isso será muito útil, acho que Natalie não irá se importar se eu a usar ela ao meu favor...

Me ajeitei e sai de sua casa, eu nunca me senti atraída por sexo na vida, nunca precisei, nunca senti desejo como eu sinto por Miranda. Quando eu cheguei em casa fui direto pro banheiro e nem a água do chuveiro gelada foi capaz de apagar esse fogo, meu corpo não se esqueceu do seu toque, talvez por que ela foi a primeira a me tocar assim e eu tinha cede dela agora.

Me deitei na cama e peguei um travesseiro e coloquei no meio das pernas na intenção de aliviar um pouco, mas só piorou. Meu corpo automaticamente se acendeu, meu quadril se movimentou esfregando meu clitóris inchado no travesseiro, eu arfava e gemia baixo, meu corpo estava suado e na minha cabeça só vinha Miranda.

Me levantei da cama e fui tomar remédio pra dormi, se não eu nunca que conseguiria dormi pensando nela.