Compilado de Entrevistas I

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"Elvis era... Uma criança temperamental." - conta Albert Junior, o irmão mais velho de Elvis Miller. - "Ele gritava e fugia pela plantação quando tinha que trabalhar. Nós nascemos e crescemos no Texas, plantavamos algodão... Sempre algodão. A terra era boa para algodão, mesmo que o lucro não fosse. Enfim... Elvis ficava com raiva, se escondia na plantação, voltava horas depois choramingando por desculpas, e no dia seguinte tudo se repetia. Elvis não aprendia nunca, ele diria que ia mudar, mas... Mas..." - nesse momento, Albert parou de falar e deixou as entrevistas continuarem.

Entrevista de Albert Junior Miller em 1942

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"Quando nossos pais perderam o emprego no posto de gasolina, eles começaram a trabalhar na rua, entregavam panfletos." - Sam riu, balançando a cabeça. - "Nós passeavamos pela cidade, e os víamos... Elvis ficava com vergonha. E eu também. Hoje eu tenho vergonha de mim mesmo por ter tido vergonha, mas, Elvis sempre teve apenas vergonha. Não só de entregarem panfletos, mas de tudo. Ele tinha vergonha de ser pobre, ele nos via machucados do trabalho e achava humilhante trabalhar, era teimoso assim." - Sam balançou a cabeça em tom de reprovação e suspirou. - "Ele sempre esteve metido com coisas erradas. Roubava bicicletas para entregar jornais, roubava jornais para revender, todo tipo de coisa. Mas não acho que ele teria piorado tanto se não tivesse conhecido o Osório... Ele mudou depois que saiu da prisão, ficou amargo e agressivo e Danny o incentivou."

Entrevista de Sam Grace Miller, em 1944

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"Era meio confuso quem liderava a gangue às vezes. Acho que eles se sentiam confortáveis em se deixar influenciar um ao outro, mas acho que Danny era o pior. Ele escolhia como fugir, quando largar os carros, para onde ir... Ele nos largaria para trás assim que Elvis entrasse no carro." Billy, que foi parceiro de crime deles por algum tempo, contou. "Elvis e ele brigavam e gritavam quando discordavam, às vezes puxavam as armas ou se batiam, mas faziam as pazes. Elvis aceitava as idiotices de Danny de querer roubar bancos, Danny aceitava as idiotices de Elvis de querer provocar a polícia. Os dois estavam no comando..."

Quando perguntado se achava que Danny tinha mais liderança na gangue do que Elvis, Billy deu de ombros.

"Quer dizer, talvez. Danny quem começou tudo quando tirou o Elvis da prisão. Quando Daniel colocava algo na cabeça, ele poderia até pedir a opinião de Elvis, mas não se importava realmente com que o Miller diria e Miller sabia disso então só dizia o que o Dan queria ouvir."

Entrevista de William "Billy" Carter, 1962

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"Não era muito comum naquela época ter amigos como o Danny." - a mãe de Elvis contou, desconfortável. - "Normalmente, ficávamos em bairros separados, os brancos e os de cor. A maioria não interagia ao ponto da amizade. Não como eles, pelo menos. Mesmo quando nos visitavam durante as fugas, você podia perceber que eles olhavam um pelo outro, mas o Daniel se tornou amargo, ele puxava Elvis para dentro do carro e o forçava a se despedir. Elvis obedecia. Ele estava preso ao Daniel naquele ponto. Uma pena, meu menino sempre foi tão bom... Ele era um querido, faria de tudo para sorrirmos."

O entrevistador perguntou se a Sra. Miller acreditava que Danny era o culpado pelo que aconteceu. Ela cruzou os braços.

"Quem mais culpar? Ele e aquela garota, Opal. Ela destruiu a vida do Elvis começando aquele maldito caso e ele matou meu filho. Deus sabe que nunca esperei por isso, mesmo quando eles fugiram juntos. Danny sempre pareceu se importar com o Elvis, mas... Bem, ele se importava mais com a esposa e Elvis foi ingênuo o bastante para deixar acontecer. Meu pobre menino... Ele nunca teria matado ninguém, ele nunca teria feito nada do que fez se não tivesse cruzado com aqueles problemáticos."

Entrevista de Pearl Miller em 1937.

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"Elvis era fascinado pela Opal. Danny nunca os deixava ficar muito tempo sozinhos. Acho que ele desconfiava. Ele deve ter ficado realmente louco quando descobriu porque ele amava a Opal mais que tudo. Ela era o sol da vida dele e Elvis a roubou dele."

Entrevista de Myrtle Davis, em 1936

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"Você tem algum conhecimento sobre o seu marido, Daniel Miller, ser um homossexual?"  - o entrevistador perguntou.

Opal ficou quieta alguns segundos, conectada ao polígrafo. Ela olhou para a câmera enquanto filmavam a entrevista que seria transmitida em horário nobre.

"Não." Opal respondeu.

Entrevista de Opal Yolanda Osorio, 1972

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