⌁ 𝟬𝟯𝟭

2.8K 145 24
                                    

↳ São Paulo, São Paulo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

São Paulo, São Paulo

             Abro um sorrisinho ao pegar meu celular, respondendo imediatamente a garota, iniciando uma conversa sobre tudo o que fizemos hoje, por aquele tempinho que conversei com a Ana Flávia acabei me esquecendo do ambiente onde estava, das risadas altas e até mesmo da live que a Giana e a Boo faziam.

Não nos vemos fazem quase duas semanas, ela está atolada até pescoço de compromisso, são os últimos ajustes para o seu DVD, que acontece em quinze dias.

Me deixa levemente preocupado toda essa sobrecarga 'pra cima dela, Ana me conta em nossas ligações noturnas que mal tem tempo para comer, é o tempo todo resolvendo assintos do DVD, publicidades e reuniões com sua gravadora.

Entendo que é o seu trabalho e que toda correria vai valer a pena no final, pelo pouco que sei, o projeto está lindo, será num lugar lindo e pelo talento que eu tenho certeza que a Ana Flávia tem, ela vai brilhar, vai arrasar e vai deixar tudo mais lindo do que já está.

— "e esse sorrisinho do Gustavo 'pro celular, hein?" — tiro minha atenção do celular ao escutar a Bruna falar, reviro meus olhos.

— não preciso falar muita coisa, né gente? — Giana diz encenando como se girasse um laço, cantarolando "Roça em mim".

Cerro meus olhos para as duas, balançando a cabeça negativamente, oque eu faço 'pra merecer?

Volto a prestar atenção no meu celular, mas não por muito tempo, a Ana informou que iria tomar um banho e rever as músicas.

Acomodo meu celular no bolso da calça, pegando meu copo com Whiskey na mesa próxima poltrona que estou sentado.

As horas pareciam se passar lentamente, as meninas me alopravam em relação a Ana Flávia e por mais que minha maior vontade fosse ir para o meu apartamento logo, meus amigos estavam me cobrando, há algumas semanas cancelei um rolê nosso 'pra ficar com a Ana e agora eu precisava recompensá-los.

            Ás duas da manhã decidimos ir embora 'pra casa, Giana estava levemente alterada e ria até para o vento, por mais que fosse engraçado, ela dava um trabalhão bêbada, ainda bem que moramos no mesmo bloco, são apenas alguns andares de diferença.

Fiz menção de ter colocá-la em seu quarto, como um bom amigo que sou, fazer oque né? A Gianta enche o saco mas eu adoro ela.

Passo a mão no rosto e juro que senti um filete de suor escorrer pela minha testa, tamanho foi o sufoco que passei, a Giana bêbada me faz pagar por todos os meus pecados, ela se transforma numa criança de dois anos, ri, corre, pula, grita e me faz passar uma vergonha do caralho. Me lembra alguém.

— e vê se dorme, viu? — murmuro após cobri-la com o lençol, recebendo apenas um resmungo em resposta.

Suspiro, saindo de seu quarto, desligo todas as luzes e saio de seu apartamento, entrando no elevador e apertando o botão décimo segundo andar.

O cansaço me dominava, 'pra agora eu só desejava minha cama e o abraço de um certo alguém, que parecia longe e inalcançável para mim no momento, infelizmente.

Ao chegar em casa, escovei meus dentes e logo me deitei, devido ao cansaço, me entreguei logo ao sono, adormecendo rapidamente.

Não sei ao certo por quanto dormi, mas sei que acordei com o som do meu celular tocando, som insuportável esse, meio atordoado, pego o aparelho em cima do criado-mudo, não prestando muita atenção em ver quem era e logo atendendo.

— gatinho, eu encontrei a música perfeita! — senti todos os meus músculos se relaxarem no momento em que escutei a voz animada da Ana, abro um sorrisinho, esfrego meus olhos, na intenção de espantar o sono. - deixei a nossa por último porque queria que fosse decidida com calma, você vai amar, ela é linda!

hum, é mesmo? — murmuro sem tirar o sorriso do rosto.

sim, e... Ai meu Deus! — me espanto quando o tom de sua voz é alterado. — Gustavo, eu te acordei!

talvez, mas não tem problema, é por uma boa causa.

claro que tem, você deve estar cansado, me perdoa.

fica tranquila, sério mesmo, eu realmente precisava ouvir sua voz, nem que fosse quatro da manhã de uma quinta feira.

ai Gu, eu devia ter esperado um momento melhor para isso, é que fiquei tão empolgada por ter encontrado a música e quis te contar logo.

esse foi o melhor momento possível, acredite, mal posso esperar 'pra gravar ela com você.

iremos conversando sobre uma data acessível para os dois, certo? Vou dormir agora, vai também.

boa noite, gatinha.

boa noite, Gu. Te gosto, viu?

te gosto também. — respondo em meio a risadinhas baixas, um passo de cada vez e um dia irei responder de forma diferente.

          Consegui dormir rapidamente, me sentindo um completo bobo apaixonado, tínhamos conversado por chamada naquela manhã e ainda assim a saudade de escutar o som de sua voz me atingia por completo.

Eu estava feliz, havíamos finalmente encontrado nossa música e por confiar de olhos fechados na Ana Flávia acredito que nossa música realmente seja perfeita como ela disse.

𝗵𝗼𝘁𝗲𝗹, 𝒎𝒊𝒐𝒕𝒆𝒍𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora