Capítulo 49: Um gatinho cativo

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Em um outro dia, bem no almoço, novamente Dan e Kai foram falar com You, que novamente se arrepiou como se estivesse vendo um fantasma.

-Hu, aqui, aqui! - Ele indica alguns sacos cheios. - Peguem e saiam daqui!

Dan não se importa com o medo ou o jeito do faisão, porém Kai fechava a mão com tanta força que a fazia sangrar, ambos sabiam o porquê daquela mudança de tratamento, eram as marcas da punição e da desobediência que eles não podiam esconder.

-Você não vai ajudar a gente a carregar, ne? - Perguntou Kai a You, vendo o Faisão negar enfaticamente. - Tá bom...

Dan e Kai tem que respirar fundo, se abaixando devagar (mas não sem resmungos), pegando as sacolas e se erguendo, fazendo ambos soltarem mais resmungos.

-Já vamos...mas antes, tem mais Erva-de-sao-João? - Dan pergunta. -Precisamos também.

You olhou ao redor e pegou o saco de um carregador que estava vindo, entregando aos dois. - Por favor, vão embora. - Disse o faisão com um olhar inquieto, o tom cheio de medo.

Dan só suspira, pegando a sacola e olhando Kai. - Vamos.

A ariranha não relutou, seguindo junto do felino até mais a fora, se encontrando em uma parte mais isolada, ambos se sentaram embaixo da sombra de uma árvore, suspirando de alívio.

-Venha, vou trocar as suas ataduras e você faz o mesmo comigo depois. - O felino disse a ariranha.

Kai então se virou para Dan, o deixando trabalhar.

O felino abriu as ataduras de Kai, vendo que as feridas já pareciam ligeiramente cicatrizadas, e então, ele pegou as folhas e as amassou fortemente e repetidamente, até virar uma pasta e então, passou a pasta nas feridas do homem com delicadeza, que deu um pequeno resmungo.

-Droga, isso formiga. - O ariranha disse, respirando fundo.

-Eu sei. - O gato disse, afastando as mãos e se virando. - Agora, sua vez. Vou te guiar.

-Tá bom. Mas não precisa enfaixar as minhas costas antes?

-Não, não, a ferida precisa respirar um pouco, agora vem, me ajuda

Kai então deu de ombros, se virando parq Dan e então desfazendo os nós das faixas de Dan, fazendo tudo cair. - E agora?

-Pegue as folhas dos sacos abertos e as amasse até virar uma massa.

Kai assim o faz, pegando algumas folhas de Erva-de-sao-João e os amassa até virar uma pasta, que ele imediatamente começou a por (meio que com força demais) mas costas de Dan.

-Hu. Mais devagar. - O gato pontua.

-Eita, desculpa aí. - A ariranha disse, coçando a cabeça e continuando a passar, só que com mais leveza.

Dan então suspira, aliviado com as mãos e as loções. - Isso...

-Bom que estou fazendo certo.

-Está...mas agora, enquanto você está aí, melhor eu ir pensando sobre como usaremos aquilo ali. - Ele indica os outros sacos de ervas.

-Você só vai pensar agora?! - A ariranha disse, pasma, usando um pouco mais de força na hora de passar a loção.

-Aí. Não. Não estou pensando só agora. Vou começar a executar agora...

-Ah...ótimo. E o que a gente vai fazer?

-Vamos drogar todo mundo da fazenda. - Ele indica um saco. - Aquele está cheio de uma planta que vai deixar todos os escravos bem mais...sensíveis emocionalmente. O que vai facilitar a gente iniciar a revolução.

Conto de uma história longínqua. (Furry) (Yaoi) (Lemon)Onde histórias criam vida. Descubra agora