𝐄𝐗𝐈𝐓𝐈𝐀𝐋𝐄 𝐌𝐔𝐋𝐈𝐄𝐑𝐄𝐒 - Reneé rapp

Capítulo - 1

POV - Hope Queen

- VOCÊ VAI SE CASAR? - gritei em uma mistura de sentimentos, sem me importar em quem ouviria. a sorte é que Tom reservou mais da metade das mesas do restaurante, então próximo a nós quase não havia pessoas. frequentamos esse restaurante a um bom tempo, a chefe é amiga de um amigo, e a comida é espetacular, ficar sempre na mesma mesa me traz uma certa familiaridade, no andar de cima ao centro sempre nossa, o que para alguém que não mora em seu país de origem a quase 11 anos é ótimo, de alguma forma me faz lembrar de casa, algo no tempero e nos molhos eu acredito, ja que a dona que também é a chefe é brasileira.

- Hope, por favor, eu te trouxe eu um restaurante porque achei que sua reação seria mais contida - ele olha para os lados, noto que ele procura palavras, em uma forma de deixar a situação mais calma sem me ofender.

- e eu ainda não sei, não fiz o pedido, ainda.. estava pensando se seria o certo, queria uma segunda opção.. - respira fundo. - quero dizer, eu amo a Zendaya mais do que tudo no mundo, ela é o amor da minha vida, mas o que você acha? é o certo? casamento parece ser.. muito sério. - ele está sem jeito e um pouco preocupado.

tom e eu vivemos a adolescência juntos, depois que entrei para o elenco da marvel em 2011, no primeiro filme do Thor como filha adotiva do loki. eu me mudei para Londres, fiquei em uma casa próxima da de Tom, consequentemente acabei indo para a mesma escola que ele, ele era de duas classes mais velhas, mas por sermos visinhos não foi difícil nos tornarmos amigos, eu era a aluna nova vinda do Brasil e relativamente popular por isso, e Tom.. era o que chamamos de perfeito nerd, calado, na dele, um pouco tímido e nunca era visto em festas nem nada do tipo, mas era e é uma boa pessoa, engraçado e gentil, com o tempo se tornou um irmão para mim, eu o indiquei anos mais tarde para ser o Peter Parker o homem aranha, e fui eu que o convenci de chamar a Zendaya para um encontro.

volto dos meus pensamentos quando percebo a respiração ofegante do ator, ele estava hiperventilando e sua pele mais rosada que o normal - ei, ei Tom, se acalma, o que foi?

- você não respondeu, é uma escolha ruim não é? caralho ela vai dizer não, foi uma péssima ideia porque ela se casaria comi- ele diz se atropelando em suas próprias palavras - nem ouse terminar essa frase Thomas Stanley Holland! - fecho a cara e digo duramente.

- a Zendaya ama você ta legal? eu tenho certeza disso, e é claro que ela vai dizer sim, Thomas. quanto a isso não precisa se preocupar, agora sobre eu não ter respondido..

respiro fundo - Tom, somos amigos a mais de 10 anos, vi você se apaixonar pela primeira vez, e vi seu coração ser partido, e agora vou ver você se casar com alguém que ama! me emocionei um pouco e me perdi pensando em como chegamos até aqui - digo segurando sua mão sobre a mesa.

- eu estou muito feliz por você, você é o meu melhor amigo, o meu irmão, minha família, eu te amo, ver você tão feliz me deixa muito orgulhosa Tomy. - meus olhos começam a marejar, mas eu espanto qualquer reação exagerada.

- quem diria que Hope Queen tem um coração - diz de uma forma humorada, com a outra mão pego a faca da sobremesa, que não estava em uso no momento, e finco a ponta na mesa, entre o seu dedo do meio e o anelar.

- é, mas se contar para alguém eu te mato ouviu? - mantemos os rostos sérios por um tempo, mas desmanchamos em uma risada forte, seguimos com o jantar de uma maneira mais leve, toda a tensão que estava no britânico parece ter se dissipado.

Tom me vê como uma irmã mais velha, apesar de eu ser dois anos mais nova, ele me procura para lhe aconselhar e me procura como ombro amigo nos momentos bons e ruins, assim como ele está sempre ali por mim também. é assustador pensar que ele não vai mais ser o meu parceiro de bebedeira como é agora, provavelmente também perdi meu amigo que topa qualquer festa duvidosa e em breve ele com certeza vai se mudar de nosso apartamento, o que é horrorizante, não que Zendaya se irrite se eu e Tom formos para essas festas, algumas vezes ela quem pede para que eu o leve, mas como esposo é preciso manter uma postura diferente.