𝐄𝐗𝐈𝐓𝐈𝐀𝐋𝐄 𝐌𝐔𝐋𝐈𝐄𝐑𝐄𝐒 - Reneé rapp

Capítulo - 32

POV - Reneé

desde que eu voltei para Nova York, aproximadamente a três meses, quase não tenho tido algum tempo livre, fiz incontáveis show's desde que cheguei e dado um milhão de entrevistas, tanto em relação ao álbum, como falando sobre a minha carreira no cinema.

me sinto empolgada e realizada em ver que estou conseguindo meu espaço dentro desse meio artístico, pessoas me reconhecendo cada vez mais como artista. é extremamente gratificante ver pessoas valorizando e apoiando o seu trabalho, como se todo o esforço e cansaço estivesse realmente valendo a pena.

apesar de fazer de tudo para não me importar com isso tenho ficado realmente animada em ver os meus números em diversas plataformas crescendo, tanto em visualizações nas minhas músicas como nas minhas redes sociais pessoas, com diversas pessoas querendo saber quem eu sou e querendo saber mais de mim.

mas também preciso pontuar o meu esgotamento, voltei a trabalhar o dobro do que eu já trabalhava anteriormente, os amigos que reencontrei aqui tentam me fazer interromper essa rotina corrida, mas nada funciona. por um lado estou tentando usar todo esse gás e empolgação para investir na minha carreira, assim como eu fiz durante as gravações da série meses atrás.

ora ou outra nos shows tenho jurado ter visto Hope em algum canto do evento, e como já seria de se esperar nunca é ela, mesmo sabendo disso tenho mantido inconscientemente o padrão de procurar ela por todos os cantos.

admito que foram poucas as vezes em que eu liguei para saber como ela estava, talvez seja isso mexendo comigo.

mas também tenho que pontuar que ela nunca ligou.

me forço a entender o seu lado, porém é quase impossível evitar os pensamentos de que ela tenha percebido que os tais sentimentos que ela estava sentindo, não eram tão reais assim e tão genuínos assim.

não que eu acredite que ela só estava dizendo tudo aquilo da boca para fora. mas eu não nunca fui estúpida de acreditar realmente sentiria tudo aquilo por minha causa.

por deus, Hope Queen dizer que não se sente ela mesmo por estar tão entregue?

que porra isso significa? ela pode ter se provador ser uma pessoa totalmente diferente do que eu um dia imaginei ser, mas ela ainda é Hope Queen, ainda é uma pessoa fria em relação aos seus sentimentos e ainda é àquela pessoa que deixa claro que não quer um relacionamento.

encaro a tela do telefone cogitando se eu deveria quebrar essa barreira invisível e ligar para ela..

solto o ar e deixo o celular de lado.

- você já fez isso tantas vezes que eu já perdi as costas. - me assusto com a voz da minha mãe soando repentinamente pela sala.

ela acaba soltando uma risada baixa e se posiciona na parede da divisória entre a sala e sala de jantar.

- preciso colocar sinos nos seus pés. - murmuro arrancando um sorriso mais largo ainda dela.

- você olha tanto para esse celular, pare de desejar que ele toque e ligue você!

encolho os ombros e me acomodo de forma mais contida no sofá. - as coisas não são tão simples assim.. - murmuro e logo em seguida escuto um grunido deixar sua boca.

- vocês jovens complicam muito as coisas hoje em dia.. e se tudo der errado, qual é o problema? o mundo é muito maior do que uma decepção amorosa, querida.

tento formular uma resposta porém minha voz morre na garganta. ela aproveita o meu silêncio e continua sabendo que eu não conseguiria interrompê-la.