𝐄𝐗𝐈𝐓𝐈𝐀𝐋𝐄 𝐌𝐔𝐋𝐈𝐄𝐑𝐄𝐒 - Reneé rapp

Capítulo - 19

POV - Hope

meus dedos batem na mesa de centro com agilidade, tento controlar a minha respiração, mas é em vão. poucos segundos atrás eu recebi uma mensagem dos seguranças perguntando se poderia deixar Elise subir. estou começando a repensar se foi uma boa ideia, eu nei sei por que chamei ela aqui, eu deveria só ter deixado a Chloe lidar com isso.

mas parte de mim quer saber porque ela foi embora, e a outra parte de mim quer só gritar com ela, 24 anos depois de ter fugido ela decide voltar? por quê? ela quer dinheiro ou algo assim?

mas então batidas na porta da frente são ouvidas, Thomas foi gentil o suficiente para me deixar sozinha, ontem mesmo ele foi dormir na casa da Zendaya, grito para que ela entre e assim acontece.

- olá Hope. - murmura, franzo o cenho quando noto que ela está sendo seguida pelo meu pai.

- não! - digo duramente, o mais velho se aproxima em passos curtos.

- vamos conversar com calma, por favor. - recuo quando ele tenta amenizar a situação encostando em mim.

- é ela, não é? - cerro meu punho com força em uma tentativa de manter o controle.

- vamos conversar, por favor. - Arthur sinaliza para que a mulher se sente na mesa do jantar, ele faz a mesma ação se sentando ao lado dela.

sentimentos conflitantes tomam conta do meu corpo, parte de mim quer gritar com ela e a outra só quer sentar e chorar. mas eu não quero e nem vou derramar uma lágrima por ela, não posso, ainda mais na frente dela. ela vai parecer importante demais se eu o fizer.

então meus olhos caem no meu pai, o rapaz está evidentemente tenso, o grade amor da vida dele está na cidade ao mesmo tempo que ele? que coincidência mais feliz para ele..

- você voltou por mim? ou por que sabia que ela estava aqui? - murmuro, controlo minha voz para que eu não pareça tão alterada, mas a verdade é que eu poderia jogar uma cadeira dessas nela.

o ex bombeiro abre a boca para se justificar, mas é interrompido pelo próprio diabo.
- quando eu soube que o seu pai estava na cidade, eu entrei em contato com ele para que nós conversássemos para esclarecermos as coisas. - pela primeira vez Elise se posiciona.

franzo o cenho. - esclarecer? - solto o ar rindo. - esclarecer o que exatamente? - tombo a cabeça para o lado.

- que você é uma vadia que abandonou a filha e o namorado, para sair pelo mundo trabalhando com órfãos que não tinham água potável? e pregando justamente atitudes contrárias da que você tomou? por favor, não mantenha o teatro. - me escondo atrás do sarcasmo como um véu de proteção, me agarro a ele em uma tentativa de manter o controle.

- não fala assim com a sua mãe! - o homem fala duramente, mas então Elise segura a mão dele em um pedido silencioso para que ele pare, meu estômago revira com o jesto.

vai pro inferno

- você tem todo o direito de estar brava, Hope. mas eu vim até aqui para tentar recomeçar e deixar tudo para trás. - reviro os olhos, para ela é fácil recomeçar não foi nela que causaram dor.
gesticulo para que ela continue, quero ver até onde ela aguenta o teatro.

ela respira fundo e abre a sua bolsa retirando um porta retrato e me entrega. franzo o cenho assim que pego. observo a imagem, ele era dividido em duas partes. ao lado esquerdo, ela o meu pai com um bebê recém nascido no coloos olhos nem estavam abertos.

do outro lado, ela está entre duas crianças que sorriam largamente, um menino e uma menina que não aparentavam ter mais de 4 anos na foto.

- esses são Aiyra e o Zaire. - murmura, um arrepio percorre o meu corpo, sinto um nó se formando na garganta.