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Assim que chegaram ao Elixires Especializados, Draco soltou o braço de Harry, caminhando em direção a uma de suas bancadas do laboratório com a poção Imperius em uma mão.

— Acho que posso encontrar um antídoto em uma ou duas horas, — disse ele, colocando o frasco em um de seus suportes. — Já tenho algumas ideias. Eu acho que eu posso-

Harry atravessou o laboratório e se aproximou de Draco. Pegando sua mão, ele puxou Draco em sua direção.

— Isso é especificamente para o você atual, — disse Harry, tirando os óculos com a outra mão. — Não para o você com trinta e dois anos. Você entende? — Sem esperar resposta, Harry o beijou, fechando a boca sobre a de Draco, sentindo o calor e o peso. Draco estava rígido e atordoado contra ele, e Harry não se importou, lambendo os lábios de Draco com a língua até que Draco abriu a boca com um som pequeno e confuso. A língua de Harry empurrou, lambendo o interior da bochecha de Draco, um golpe longo e quente ao longo da língua de Draco até que Draco tremeu em seus braços, e então Harry se afastou. — Você entendeu? — Harry disse, pressionando sua testa contra a de Draco novamente, ofegante a cinco centímetros de sua boca.

— Não, — Draco disse suavemente. — Não, eu não entendo. Talvez seja melhor você fazer isso de novo, só para eu-

— Sim, — disse Harry, e beijou-o novamente. Desta vez Draco estava pronto para isso e imediatamente abriu a boca, mas Harry pressionou-se contra ele mesmo assim, puxando a cabeça de Draco para trás para aprofundar o beijo. Draco o deixou fazer, recostando-se com tanta força, quase como uma garota em um dos filmes estúpidos de Petúnia. Merda. Harry teve vontade de jogá-lo contra a mesa do laboratório.

Ele parou, finalmente se afastou e colocou os óculos de volta.

Atordoado, Draco piscou. Seus lábios estavam molhados e vermelhos dos beijos, também como em um filme. Mesmo com a pele amarelada esticada sobre as feições marcantes, mesmo com as cavidades sob os olhos e aquele cabelo opaco, ele era lindo.

— Você mudou de ideia sobre o sexo com roupas? — Draco disse, também parecendo atordoado.

— Porra. Talvez.

Draco agarrou o tecido das vestes de Harry.

— Será que...? Hmm... — Draco lambeu os lábios — enfrentar criminosos te deixa realmente tão excitado?

— Não.

— Então foi...? — Draco lambeu os lábios novamente. — Foi porque eu impedi você de torturar alguém?

— Sim, também.

O olhar de Draco baixou. Ele ainda estava segurando o tecido das vestes de Harry. Sua voz era um pouco mais alta do que um sussurro quando ele disse:

— Eu sinto que você tem padrões mais elevados do que isso.

Harry prendeu a respiração. A verdade é que ele não tinha certeza se teria gostado do Draco de 24 anos assim no passado, se o conhecesse melhor. Mas Harry sabia que ele gostava agora, então foi o que Harry disse.

— Eu gosto de você. — Ele pegou as mãos de Draco, removendo-as de suas vestes. — Eu gosto tanto de você.

— Eu sei, — Draco disse, parecendo preocupado.

Harry curvou-se novamente. Ele o queria tanto, e ele estava bem ali.

— Eu... — Draco deu um passo para trás. — Potter, — ele disse, então parou. — Eu tenho um namorado.

Por um momento, a mente de Harry enlouqueceu, porque ele pensou que Draco queria dizer que ele tinha um namorado agora, na linha do tempo atual, até que lembrou que Draco devia querer dizer que ele tinha um em sua própria linha do tempo, quando tinha vinte e quatro anos. Harry sabia muito pouco sobre aquela época da vida de Draco, exceto quando eles se viam a cada dois meses para que Draco pudesse identificar suas poções.

AWAY CHILDISH THINGSOnde histórias criam vida. Descubra agora