Junho de 2003
Harry Potter: 22 anos
Draco Malfoy: 23 anos
A primeira vez que Harry viu Malfoy depois dos testes foi duas semanas depois de Harry se tornar um Auror, e isso aconteceu porque o Departamento de Aurores não tinha um laboratório com pessoas que pesquisavam poções. Em vez disso, tinha uma pequena sala chamada Arquivos e Arquivos, onde um velho chamado Kirkley Zidwidley procuraria a fonte de um antigo feitiço se solicitado com educação (e muito alto).
Quando Harry perguntou a Savage, porque Savage sabia de tudo, por que eles não tinham um laboratório, ou pelo menos um consultor de poções, Savage respondeu, da maneira típica de Savage:
— Pergunte o velhote.
Quando, em resposta, Harry foi até o escritório da Chefe Auror Robards, ela acenou com as mãos freneticamente e disse:
— Eu não quis dizer para você realmente perguntar a ele! — Isso também era típico de Savage, e Harry ainda não havia aprendido que só porque Savage sabia de tudo não significava que ela sempre dava o melhor conselho.
Quando Harry perguntou a Robards, porque Robards era o chefe dos Aurores, por que eles não tinham um laboratório, Robards franziu a testa, mexeu seu chá e disse:
— Savage fez você me perguntar isso? — Harry também não sabia na época que Robards já havia discutido esse assunto com Savage. Na verdade, Harry não sabia na época que todo o Departamento de Aurores era um emaranhado de disputas mesquinhas, provocadas por um complexo de superioridade e burocracia; mas ao longo dos anos Robards deixou isso bem claro com suas carrancas, seu chá e seu, "Savage fez você me perguntar isso?"
Harry deixou o escritório de Robards desapontado com a vida, os aurores, e especialmente com este caso estúpido que ele não conseguiu resolver porque a única aula extra de poções que ele fez na Academia de Aurores não foi suficiente para determinar o uso desta poção em particular. O Departamento de Mistérios estava muito ocupado para lidar com os problemas dos Aurores, Harry havia aprendido. Ele teria que fazer a pesquisa sozinho, o que não seria um problema, exceto que ele estaria preso em sua mesa tentando descobrir enquanto os trouxas morriam nas ruas.
Savage ficou com pena e então levou Harry para Slug & Jiggers no Beco Diagonal.
— Isso é o que bons Aurores fazem para um laboratório, — Savage disse a ele. O que Savage quis dizer foi que os bons Aurores subornaram os comerciantes boticários do Beco Diagonal para fazer suas pesquisas para eles.
— Mas como eles podem cobrar de você? — Harry perguntou mais tarde. — Você não pode simplesmente dizer que é um Auror? Não é a lei?
— Você é um doce. — Savage se empoleirou na beirada da mesa de Proudfoot e se virou para encarar Proudfoot, o único outro Auror que havia trabalhado ali por tanto tempo quanto ela. — Ele é um doce.
— Sonhador, — concordou Proudfoot.
Savage virou-se para Harry.
— Claro, — ela disse, — é a lei. E eles vão levar dois meses para fazer o que você pediu, e vão se desculpar, e vão ter muitos pedidos, mesmo que metade desses boticários estejam vazios a maior parte do tempo. E você perguntará a eles o que pode fazer para acelerar o processo e eles dirão que não poderiam ir mais rápido, e então você acenará com aqueles doces galeões sob seus narizes. E de repente, bum. Está feito para sexta-feira.
— Isso não está certo, — disse Harry.
— O Partido Trabalhista também não, — dissera Savage.
O dono da Slug & Jiggers era um homenzinho horrível chamado Abel Alby, que ficou tão feliz em conhecer Harry que quase caiu. Savage já havia testemunhado pelo menos três dúzias de encontros como esses, mas ela ainda parecia incrédula que alguém pudesse ficar tão feliz em conhecer Harry.
