Eles caminharam pela escuridão fria em direção a uma rua ladeada por casas geminadas. A rua era limpa e silenciosa, com um pequeno parque do outro lado, então Harry achou que provavelmente era elegante, embora as casas parecessem um pouco degradadas. A placa da rua dizia Largo Grimmauld.
- Você pode ver o número doze, Harry? - Draco perguntou, ainda segurando a mão dele.
- O quê? - Harry começou a dizer, mas enquanto falava, as casas começaram a se mover. Outra casa apareceu, avolumando-se no meio de duas, como uma bolha se formando na lama. Então a casa finalmente se encaixou, se endireitando e firmando, como se estivesse ali o tempo todo. - Uau, - Harry suspirou.
- É muito engraçado, não é? - Draco disse, puxando a mão de Harry. - Venha comigo.
- O que você precisa verificar? - Harry perguntou, subindo os degraus gastos da entrada.
- Hum? - Draco olhou para um lado, depois para o outro, então bateu na porta com sua varinha.
Ele não queria ser visto, Harry adivinhou, e a porta se abriu.
- É melhor você ir primeiro, Harry, - Draco disse, soltando sua mão.
- Por que?
- Eu não sei se as proteções vão me deixar entrar se eu for primeiro, - Draco disse, - mas elas devem reconhecer você, mesmo que você não tenha a idade certa.
Harry não tinha ideia do que Draco queria dizer, mas ele fez o que Draco disse a ele de qualquer maneira, entrando em um corredor longo e escuro. Draco entrou atrás dele. Ele fechou a porta atrás de si, então acendeu os lampiões a gás no corredor com sua varinha. As lâmpadas pouco faziam para dissipar a penumbra da casa, que parecia mais cheia de sombras do que o necessário. Harry não entendia por que ele viveria em um lugar tão sombrio, mesmo que parecesse que já havia sido bastante grandioso.
- Ela me reconheceu? - Harry perguntou, olhando ao redor como se alguma parte da casa pudesse acenar com a cabeça ou dizer olá.
- Deve ter funcionado, - Draco disse. - Vamos lá em cima.
- Você disse que tinha que verificar algo aqui, - Harry o lembrou, enquanto eles subiam as escadas. - O que é?
- Bem Harry, - Draco olhou para ele, - estou tentando identificar a poção que caiu em você, essa é a melhor maneira de encontrar uma cura, na maioria dos casos. Engenharia reversa. Mas... Lumos. - Uma luz cintilou na ponta da varinha de Draco. Eles chegaram a um corredor com várias portas e Draco escolheu a da direita. - Estou com problemas de identificação. Tem que ser complexo o suficiente para rejuvenescer o corpo e a mente tão completamente, e parece que não é temporário. Ajudaria muito se eu pudesse falar com o pocionista, mas é claro que isso é impossível.
- Por que? - Harry perguntou. Eles estavam no que parecia ser um escritório. Havia uma escrivaninha em um canto perto de uma janela, enquanto no lado oposto havia prateleiras cheias de coisas estranhas: garrafas e potes, como no laboratório de Draco, mas também havia equipamentos, coisas que pareciam microscópios, um liquidificador de mão. possivelmente um pacote de biscoitos de nozes.
- Potter estava tentando descobrir algo que ele acha que envolve vários pocionistas diferentes, - Draco disse. - Se ele sabia quem era algum deles, não me contou. Eu esperava que pudéssemos encontrar uma pista em algum lugar aqui.
- Você chama meu eu mais velho de Potter?
Draco estava vasculhando os papéis em sua mesa, mas agora ele olhou para cima, sua boca aberta um pouco em surpresa.
- Eu só... - ele começou a dizer, mas engoliu em seco. - Era assim que nos chamávamos na escola. Eu... - Draco voltou para a mesa. - Eu fui meio idiota e chamei todo mundo pelo sobrenome. Até meus amigos. Foi... Achei que me fazia parecer legal.