01- Quero ser feliz também.

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Boa leitura!

☀️

Pov Juliette.

Fazem exatos cinco dias que estamos aqui no Rio.

Não posso reclamar de nada. A comida da minha família é ótima, a companhia super agradável (pois meu tio e primo só chegariam amanhã) e o lugar era belíssimo.

Minha ansiedade já estava clamando para sair e passear, coisa que ainda não fizemos pois nos distraímos com a chegada de alguns outros parentes.
Tia Adriana sempre amou casa cheia, mas esse ano achou melhor alugar um prédio para nossa família. Até agora, não sei como ela conseguiu isso, nem mesmo Priscila sabe. Nosso prédio tinha vista mar para a Praia do Arpoador, parecia uma moldura. Sorte a minha que trouxe alguns de meus materiais, vou pintar alguns quadros, mais para frente, e levar de recordação.

A minha promessa com Priscila ainda estava valendo. A mesma estava super ansiosa para que nossas mães liberassem nossas saídas e, assim, eu poderia colocar suas ideais em prática.

Hoje nós iríamos para a Praia Vermelha, na Urca. Minha tia disse que muitos universitários frequentavam a praia e eu sorri com a ideia, mas meu sorriso não chegou nem na metade ao da minha prima. O sol era de castigar, então peguei um protetor solar e um boné marrom para me proteger. Coloquei um biquíni preto liso, Dona Cláudia havia me feito comprar um que eu duvidava, seriamente, que tamparia metade da minha bunda. E a resposta dela foi: "Mas esta é a intenção, minha filha, esse seu bundão tem que ficar morenão.". Irei me abster de qualquer comentário.

— Pegou a ecobag, Juli? — Priscila disse enquanto colocava sua pequena mochila de pano nas costas.

— Peguei sim, adorei ela inclusive.

Saímos do prédio junto de minha tia que chamou um Uber para chegarmos até lá, ela e minha mãe esperariam minha vó, Marieta, que estaria chegando hoje de viagem. Ela mora na Espanha.

☀️

— Céus, olha que água linda! — Eu disse impressionada.

A praia não era muito grande e estava levemente lotada, o termômetro marcava 38°c.

— Nossa, sim! Vamos, achei um lugar perto da água com duas cadeiras para alugar. — Ela foi me puxando enquanto eu sentia meu pé queimar na areia grossa da praia.

Meus olhos vagaram para um grupo jogando vôlei e outro futevôlei, algumas meninas com um creme branco pegando sol e outras com fitas pretas imitando um biquíni passando óleo no corpo.

— O que elas estão fazendo? — Fiz a pergunta em inglês para não ser indelicada e minha prima respondeu da mesma forma.

— As que estão com creme branco, descolorindo os pelos do corpo, para ficarem loirinhos. Aquele óleo se chama parafina, é muito utilizado para pegar uma marquinha bem forte. — Fui assimilando a resposta meio espantada.

— E eu pensando que o seu bronzeador bastava.

— No seu caso que não pega tanto sol, mas a pele queima rapidinho, é o suficiente.

Esticamos uma canga preta e branca no chão, colocamos as nossas bolsas por cima e tiramos nossas saídas de praia ficando apenas de biquíni. Logo depois, Priscila disse que iria na água e depois voltaria para que eu fosse.

Continuei vagando o meu olhar por tudo, era muita novidade. Homens gritavam que o picolé estava dois reais, outros vendiam pulseiras lindas (que eu com certeza irei comprar), tinham alguns que vendiam um queijo com cheiro diferente e até milho no pote.
Não estava com fome agora, mas iria provar de tudo um pouco futuramente.

TE AMO (em caixa alta) - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora