11 - Glamurosa.

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Boa leitura!
Se preparem.

🎙️

Pov Juliette.

— Eu ouvi a confusão na frente do apartamento uns dias atrás. — Do nada. Foi assim que Lucas jogou o incidente de avisos com Sarah na mesa de almoço da família no dia seguinte. Do nada.

— Sobre o que está falando, nieto? — Minha avó questionou largando os talheres na mesa para pegar a taça com suco.

— Uh, abuela. A namoradinha de Juliette, que por sinal é horrível, estava causando problemas à uns três dias. — A voz sarcástica me dava vontade de socá-lo.

— Sarah está bem, Juli? — Adriana, minha tia, me questionou.

— Não foi nada de mais, tia. Para sua informação, Lucas, não houve nenhum estresse. Sarah esqueceu de avisar a família que eu havia insistido para ela passar a noite comigo. — Cruzei os braços assassinando meu primo com o olhar.

— Ah, então agora nosso prédio é lugar de ficar trazendo namoradinhos de baixa renda para passar a noite? Que feio, Claudinha. — Meu tio soltou sua voz rouca exalando seu veneno. Minha mãe o encarou com raiva.

— Menos, Otávio. — Marieta levantou uma de suas mãos e olhou Otávio com o olhar sério.

— Menos, vovó? A senhora não acha um absurdo? Nós, rodeados de parentes e crianças pelo prédio, ficarmos escutando obscenidades de Juliette em seu quarto? Priminha, fiquei sabendo que existem vários motéis nos quais você consegue levar esse seu tipinho de companhia para foder. — Sua risada saiu alta quando comecei a ficar vermelha. Senti a mão de Priscila em minha coxa para que me acalmasse.

— Dobre a sua língua para falar de Sarah. — Minha voz saia baixa e ameaçadora assustando a todos. — Você não a conhece, não sabe de nada dela. Ela pode não ter a mesma quantia que a sua na conta bancária, mas se Deus nos arrebatasse agora, ela subiria e você ficaria aqui comendo as imundícies que o inferno pode oferecer. — Senti a mão apertar mais forte e minha mãe sorriu levemente.

— Vai deixar ela falar assim com seu neto, mama? — Otávio estava meio chocado, mas nunca deixaria transparecer.

— Você deixou seu filho ofender a namorada dela. Quem sou eu para me meter enquanto alguém diz a verdade? — Minha avó disse com a voz branda.

— Aquela pé rapado não tem nem onde cair morta! Deve estar te atraindo para comer você e roubar seu dinheiro, sua burra. — Meu estopim chegou. Levantei rapidamente sob olhares temerosos e bati minhas mãos na mesa aproximando meu rosto de Lucas fazendo o mesmo se encolher.

— Sabe o que é isso? Inveja. Tenho certeza que é. Porque a minha mãe me acolheu quando soube de minha sexualidade, coisa que o sem noção do seu pai não conseguiria fazer. Homofóbico e hipócrita de merda. — Disse e saí do apartamento de minha avó sobre protestos de minha mãe e prima.

🎙️

ligação on:

— Linda, o que houve? — Sarah atendeu a ligação no segundo toque.

Assim que escutei sua voz, minha garganta fechou e meus olhos se encheram de lágrimas. Solucei baixo, mas ela escutou.

— Li, você está chorando? Alguém te fez algo? Porra, eu vou matar alguém hoje se isso aconteceu. — Escutei uma movimentação e soube que ela estava andando.

— Meu primo, Sah. Ele me falou coisas horríveis e ainda te ofendeu. Disse que você só estava comigo por dinheiro, que só queria me comer e iria embora depois...eu sei que não é verdade e todo mundo te defendeu, mas, caramba, dói muito escutar alguém falar isso de você. — Funguei enquanto me acalmava.

TE AMO (em caixa alta) - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora