TE AMO (em caixa alta) - sariette

15 - Se.

Boa leitura!

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Pov Juliette.

Deitei em minha cama repassando essas últimas semanas que guardam um mês e meio.

Muitas coisas haviam mudado, creio que não só para mim.
Essa viagem trouxe outras perspectivas para muitos de minha família. Por exemplo, minha mãe e tia haviam se conectado mais. Era lindo de se ver a união delas se fortificando. Abuela estava radiante por ter mais tempo conosco, o que lhe trouxe mais atividades e companhias. Alguns primos menores tiveram a oportunidade de me conhecer, foi tão incrível! Priscila encontrou Kaique, ambos estavam colecionando memórias e momentos maravilhosos, de acordo com ela. Bom, já eu...havia achado a minha pessoa. Nunca imaginei que passar uma tarde na praia me faria conhecer a mulher no qual planejo um futuro.

Céus! Sequer imaginei ter alguém para começar a pensar em uma vida conjugal agora, mas Sarah havia chegado para mudar tudo isso.
Apenas com seu jeito carinhoso, amoroso e sincero ela tinha me ganhado. Além disso, carregava uma imensa simpatia e determinação que cativava qualquer um. Sempre pensei que mereço ser tratada com esmero, mas Sarah conseguia ir além. Seus toques supriram toda minha carência, suas atitudes arrancavam o melhor de mim e suas poucas palavras me faziam desmanchar. Jamais cobraria dela que expressasse tudo por elas, pois seus gestos deixavam qualquer intenção sua mais explícita.

Sorri sozinha ao perceber que; estava amando Sarah.

Não precisava de muito para descobrir, eu sei. Mas quando a ficha cai, tudo ao seu redor parece se abrir.

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— Sabe, quem diria? Depois de um mês e meio estamos aqui, nessa mesma sacada, falando sobre nossos relacionamentos de férias. — O sol estava se pondo. Havíamos voltado da praia não tinha muito tempo.

Kaique e Sarah nos deixaram em casa após prometerem voltar amanhã para seus respectivos compromissos combinados conosco. Depois de nos ajeitarmos, sentamos na sacada de minha tia e pusemos a colocar os assuntos em dia.

— Pois é! Pior disso tudo é ter que ir embora daqui a uma semana...Ainda não sei como vou fazer pra lidar com isso, sabe? Nunca fui de me apegar a nada ou ninguém desde a partida do meu pai, mas Sarah chegou tão mansa que, quando vi, ela já era...tudo. — Suspirei encarando o céu alaranjado.

— Nem imagino, prima. Moro em Santa Catarina, por mais que seja longe, são só algumas horas. Já você e a Sarah, são países diferentes. Falando nisso, você chegou a reparar quantas horas tem de vôo?

— 14 horas. Entediantes, por sinal. Ainda mais agora que voltarei sem ela. — Suspirei pesado deitando a cabeça no colo de Priscila.

— Calma, Juli. Conhecendo a Sarah, não vai demorar muito pra ela ir te visitar.

— Não sei se isso é bom ou ruim. Por um lado, vou amar estar com ela novamente e apresentar tudo por lá, por outro, não quero dar despesas ou custos. Outra, me despedir dela agora já vai ser doloroso, imagine quando ela estiver lá? — Meus olhos estavam começando a embaçar.

— Juliette, sem sofrimento por antecipação. Sarah nunca iria se importar com gastos ou algo do tipo para ir ao seu encontro. Além disso, um dia essas despedidas não serão necessárias. — Fez carinho em minha cabeça. Sorri ao imaginar esse dia. — Uma coisa engraçada, é que você levou a nossa promessa longe demais. — Franzi o cenho, mas logo lembrei e ri.

— Pois é, acho que fui bem fundo no "sem barreiras". Não me arrependo. — Olhei para seu rosto vendo que a mesma estava bem relaxada.

— Já pensou se a Sarah te pedisse em namoro? — Seus olhos saltaram assim como eu me espantei com a pergunta e sentei ao seu lado.