27 - Amanhecer.

295 36 15
                                    

Opa opa, voltamos!
Perdão pelos erros, zero revisão.

Boa leitura!

🦒

Pov Juliette.

Seis longos anos. Talvez olhando agora tudo pareça mais certo ou fácil, mas nem sempre foi assim. Gostar do que vejo no espelho, perceber que minhas companhias seguiriam outros caminhos, ingressar na minha carreira, conquistar espaço no meio artístico, perder pessoas especiais, abandonar lugares para experimentar novos, manter meu relacionamento...todas essas coisas foram se conduzindo por esses anos. De fato o que mais me orgulha é saber que; a pessoa na qual começou dando os primeiros passos comigo, está aqui até hoje e é com ela que irei me casar.

Casar. Eu vou casar! Dentro de dois meses minha cerimônia de casamento será realizada, com direito a festa e tudo. Uma estrelinha, que agora brilha por mim lá no céu, estaria imensamente feliz; mas sei que ela, junto de Dona Suzana, devem estar atazanando os anjos para que eles abençoem nossa união. Nada mais justo do que me casar onde tudo começou, certo? Um país de energia calorosa e uma cidade de pura paixão, o Rio de Janeiro nos uniria, mais uma vez; sendo agora para uma vida toda e depois da vida também.

Os preparativos estavam a todo o vapor e, mesmo com nossos familiares morando pelo solo brasileiro e nós no italiano, todos fizeram, e fazem, questão de estar presentes para nos ajudar. Assim como nossos amigos. Foi difícil ver Samantha seguindo outros caminhos, mas sabíamos que ela era uma eterna viajante e empreendedora. Assim como chorei bastante quando recebi a notícia de que minha melhor amiga passaria uns anos trabalhando na Rússia e se encontrava lá até hoje.

Após a partida de minha avó, foi unânime a decisão de Adriana e Cláudia irem morar juntas. Ambas dividem um apartamento em Brasília, estão felizes e construíram uma rotina saudável para, juntas, superarem essa grande perda. Priscila, assim como nós, se encontrou em Milão; cidade com os braços abertos para nossa área de trabalho, o que nos trouxe oportunidades imensuráveis.

Sarah, além de abrir a própria empresa assim como eu, conquistou diversas companhias novas. Minha dificuldade de me enturmar foi clara, mas viver sem Carol, Camilla, Bianca, Bruna, Rallyson, Arthur, Carla e Thaís era praticamente impossível. Óbvio que, quando nos mudamos para começarmos nossa carreira e Marquezine veio de mala e cuia junto conosco, minha noiva não se agradou nem um pouco; Lembro-me perfeitamente das vezes que minha sócia tentava algo comigo, mas Sarah chegava quase destruindo seu corpo somente com o olhar. Com o tempo, ambas se entenderam e Bruna entendeu seus limites passando a respeitá-los. Mas é claro que elas sempre se provocam.

— Tem certeza que quer tentar mais uma vez, Juli?  — Carla perguntava pela quinta vez naquela manhã.

— Carlinha, é a segunda vez que estou tentando. Lembra do que o médico disse? A primeira vez é sempre a mais complicada. — Suspirei com a certeza do que queria.

— Sabemos disso, mas Sarah ficou um caco em te ver perder o primeiro. Acho que ela se sentiria triste e magoada por te ver sofrer por uma atitude que você nem comunicou a ela. — De fato, era um bom argumento.

— Yeah, sei disso, mas pense bem; não quero dar para ela aquele monte de expectativas que dei daquela vez. Se não der certo, iremos adotar. — Tremi com tal hipótese.

Adotar uma criança não seria o problema, a questão era admitir que sou incapaz de gerar meu filho. Sou incapaz de dar a luz.

— Ei, olhe pra mim. — Atendi seu pedido. — Se não conseguir isso hoje ou amanhã, isso não significa que você é incapaz ou estéril. — Suas palavras me atingiram em cheio me dando um tremor nas mãos. — Estaremos aqui para lhe dar suporte, ok? — Confirmei com a cabeça.

TE AMO (em caixa alta) - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora