02 - Pé na areia.

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Alguém vendo BBB 24? Tô com saudades das nossas meninas lá dentro :/
Boa leitura!

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Pov Sarah.

Meu despertador tocou às 07:30, mas eu só levantei às 08:00. Por sorte, só precisava chegar no quiosque às 09:00.

Minha mãe deixou meu pão arrumado e eu sorri para o prato enquanto agradecia, mentalmente, pelo carinho. Meu irmão apareceu pouco tempo depois pela porta.

— Eae, Carol, bom dia! — Ele sorriu e passou me dando um beijo na cabeça.

Kaique era meu irmão mais velho, 24 anos, ele era professor de surf, mas sempre nos ajuvada no quiosque grande parte da tarde no verão. Suas aulas rendiam mais de manhã.

— Kaka, cê' pode me levar pra pegar umas ondinha hoje? Cê' sabe que, depois daquele bagulho do acidente, não posso ficar sozinha no mar. — Disse morrendo de saudades de subir em uma prancha novamente.

— Jae, tu pegua sua roupa e deixa comigo, quando acabar meu tempo no quiosque, cola lá no posto 5. No lugarzin de sempre. — Sorri largo e dei um beijo em sua bochecha indo vestir meu uniforme no quarto.

Acho melhor dizer um pouquinho sobre mim:
Tenho 21 anos e moro perto das prais de Copacabana, em uma casa relativamente grande. Minha família tem um famoso quiosque no posto 2. Aquele lugar lota, independente da estação do ano, o que nos dá ótimas condições financeiras. Curso fotografia, como bolsista, na faculdade Estácio que se localiza na Barra da Tijuca.

Fotografia sempre foi minha paixão, desde novinha gostei de gravar as coisas em filmes e vídeos. Aos 15 anos ganhei minha primeira máquina profissional, do meu tio. Com 18 ingressei na faculdade e consegui alguns bicos em festas infantis. Atualmente, trabalho em uma empresa pequena que fotografa eventos e festas de todos os tipos e estou no penúltimo ano da faculdade.

Minhas férias haviam começado à alguns dias, mas eu não deixava de ajudar minha família no quiosque. Éramos minha mãe, minha avó, meu tio, minha priminha, meu irmão e eu. Meu pai abandonou minha mãe quando recebeu a notícia do segundo bebê: eu. Dizia não estar pronto para tanta despesa, não aguentava mais a vida junto de minha mãe. Então ele foi. Kaique se lembra pouco dele, dizia ser carinhoso, até. Por anos me senti culpada por sua partida, mas minha mãe me ensinou que nada daquilo era minha culpa, e sim dele.

— Vamos, Carol! — Kaique me despertou e sai do quarto pronta.

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Shorts legging preto, a regata azul do quiosque, uma havaiana branca, os cabelos presos em um rabo, o pequeno cordão de missangas brancas e um relógio aprova d'água. Mais um dia de trabalho na beira da praia. Dava pra ouvir de longe a música mais clássica da praia que, praticamente, te gritava um: BEM VINDO.

Pé na areia — Diogo Nogueira.

— Bom dia, vó, bença! Como cê' tá? — Dei um beijo na bochecha da minha véia que atendia um casal.

— Bom dia, Carolzinha, Deus te abençoe. A vó tá' bem, sua mãe tá' lá dentro. — Entrei na cozinha e vi minha mãe fritando linguiça enquanto colocava o pão na chapa.

— Bença mãe! Chega esse bumbum pra lá, deixa eu selar o pão. — Disse depois de beijar sua bochecha e escutar sua risada.

— Deixa de ser boba, Carol! Deus te abençoe, filha. — Ela se concentrou em outros pedidos e eu saí servindo a maioria que já estava pronto.

— Aí, na boa, minha sobrinha é fera. Já adiantou tudo aqui, boa gatona! — Meu tio apertou minha bochecha me fazendo rir e revirar os olhos.

— Qual é, tio, tu é meu fã não é de hoje, mas se controla. Bença!

TE AMO (em caixa alta) - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora