08 - Pupila.

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Boa leitura!

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Pov Sarah.

Juliette bateu na porta enquanto ainda estávamos de mãos dadas.
Uma senhora de cabelos grisalhos e um pouco mais baixa que a morena ao meu lado abriu a porta.

- ¡Mi nieta! - Um sorriso atravessou seu rosto junto de um abraço que lhe dado. Em seguida, a mesma grudou sua testa na de Juliette.

- Oi abuela. - Sussurrou para a senhorinha antes de se afastar. - Trouxe alguém para lhe conhecer. Essa é a Sarah. - Juntou nossa mãos novamente e sorriu enquanto me puxava levemente até seu lado.

- Oh, a famosa Sarah. - Vi um sorriso travesso sair da mulher me deixando corada. - Un placer conocerte. - Me deu um abraço que foi retribuído, mesmo eu não entendendo muito suas palavras.

- Boa noite. Um prazer conhecer a senhora. - Sorri de leve enquanto era guiada para entrar no apartamento.

- Meu nome é Marieta, mas prefiro que me chame de Dona Mari. - Piscou para mim e concordei com a cabeça, ainda tímida.

- Hm, sweet, quer uma água? - Não escutei direito o apelido dito, mas confirmei, logo recebendo um beijo na bochecha. Sentei na ponta do sofá em formato de "L" vendo a morena ir para outro cômodo.

- Quantos anos tem, Sarah? - A avó de Juliette começou calma enquanto cruzava as pernas e me observava.

- Tenho 21, Dona Mari. - Disse calmamente, mas meu coração faltava sambar.

- Faz faculdade?

- Sim, de fotografia.

- Oh, que nobre. Le gusta lo que hace? - Tive de franzir o cenho.

- Perdão, não entendi. - Ri sem graça.

- Não, não. Eu quem lhe devo desculpas. Faz anos que não venho para o Brasil, não me recordo de muitas palavras. - Se ajeitou no sofá mostrando tranquilidade, trazendo a mim um pouquinho de leveza. - Quis dizer se...gosta da sua... profissão. - Foi pausando para lembrar as palavras certas.

- Ah, sim. Eu adoro, Dona Mari. Amo de paixão o que faço. Já comentei isso com sua neta; a fotografia me faz querer registrar, com minhas lentes, a beleza que os meus olhos conseguem captar. De certa forma, eternizando suas memórias. - Falar sobre a minha profissão sempre foi algo que me dava orgulho e segurança.

- Seus olhos brilham quando fala disso, niña. Certeza que seu futuro será brilhante. - Me olhou e eu sorri em agradecimento.

- Voltei. Aqui está sua água, sweet. - Sweet. Dei um sorriso bobo quando escutei sua voz. Seus olhos brilhavam quando se dirigia à mim assim.

- Com quem está falando, mama? Oh, Juli já chegou. E...olá, menina bonita no sofá. - Tinha terminado de beber a água e deixado o copo na mesa de centro, a pedido da morena, quando uma mulher, muito parecida com Juliette, com a excessão dos olhos, apareceu com os cabelos meio molhados.

- Yeah. Mãe, esta é a Sarah. - O olhar da morena foi até sua mãe e ela lhe lançou um, breve, sorriso.

- Uh, a famosa Sarah. - Poxa, eu realmente era famosa.

Todas na sala rimos; com excessão de Juliette que estava vermelha. Acariciei sua não, mostrando que estava tudo bem a sentindo mais tranquila.

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Conversamos por um bom tempo, nem percebemos que a chuva havia parado.
O horário estava bem avançado e, como prometido, Cláudia (que havia se apresentado) me levou até minha casa e, para uma leve vergonha e risada fraca de Juliette, disse: Se peguem rápido, meninas, amanhã vou acordar cedo para o SPA.

TE AMO (em caixa alta) - sarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora