𝗣𝗬 | Helia Bennet considerada uma garota reservada sobre sua vida, com poucos amigos e uma adolescência conturbada por conta de sua mãe. Helia nunca foi de falar e sim de fazer, suas atitudes mostram que a garota é cabeça dura e não gosta que as...
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HELIA BENNET.
Meu nome é Helia, o significado é "Sol", meu pai que escolheu esse nome e meu pai é grego. Nunca tive vontade de aprender a língua Grega e nem tenho.
Meu pai foi embora quando eu tinha oito anos de idade, minha mãe ficou comigo mas vive fora de casa e ela é viciada em drogas. Isso começou quando meu pai sumiu, e desde então tenho que lidar com a violência da minha mãe.
Na maioria das vezes, eu estou fora de casa praticando artes cênicas, na escola, no trabalho ou em qualquer outro lugar, já que eu detesto minha casa e estar dentro dela me trás um sentimento ruim. Mas agora estou de férias, então fico sem o que fazer.
Já é fim de dois mil e vinte e três, já passou o natal e simplesmente estou de saco cheio desse ano. Meu natal se resumiu em ver minha mãe bebendo e reclamando que não tínhamos nada para comer.
Hoje é dia trinta e um, planejo ficar em casa dormindo durante a virada de ano e minha mãe com certeza vai sair para beber ou se drogar pelas ruas. Quero somente cair na cama e dormir depois do dia que eu tive hoje.
Meu celular toca dentro da minha bolsa e eu abro o zíper, vejo que a ligação é de uma amiga minha que se afastou um pouco de mim, fico pensativa se atendo e logo coloco o celular no ouvido.
— Oi, loira falsa!— diz a voz dela um pouco alterada e eu suspiro passando a mão no rosto.— o Cris vai dar uma festa de ano novo hoje, 'vamo?— a garota pergunta e ouço algo quebrar.— ah merda! Deixei o copo cair.
— Não sei não.— respondo com a voz baixa.
— Halie, por favor, eu não quero aparecer sozinha lá.— ela diz.
— É Helia. Só vai ter droga e bebida.— digo olhando para o computador.
— Você não vai beber e nem se drogar. 'Vamo ou não?— ela insiste e eu fico em silêncio.
— 'Tá.— concordo e ela comemora do outro lado da linha.
— A HALIE VAI!— ela grita comemorando e ouço vários gritos de alegria.
— É Helie.— corrijo ela novamente.
— Halie, Helie, Hélice, é tudo a mesma coisa.— diz sarcástica e desliga a ligação.
— Vaca.— digo olhando para a tela do celular com uma mensagem dela dizendo "te encontro lá" e a localização e o horário.
Ligo o meu ventilador na última velocidade me jogando na cama. Eu tenho a tarde de descanso antes de passar a noite acordada com música alta. Jogo alguns travesseiros na cama os espalhando e em seguida me deito de bruços.
