0023 | CONFUSO.

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WALKER SCOBELL

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WALKER SCOBELL.

Olho para o teto, tentando processar meus pensamentos rápidos. Minhas duas mãos estão embaixo do travesseiro, minha mente está focada em achar alguma solução para eu parar de ter alguns pensamentos. Estou com medo de admitir para mim mesmo, só estou querendo mentir até o que eu penso se torne qualquer pensamento que me fez ficar sem saber o que fazer.

É ridículo. Eu mesmo disse isso várias vezes para mim mesmo; é inútil; não compensa eu me meter nisso; não faz sentido; é normal, é o que todos pensam, mas eu realmente não sei o que fazer nessa situação complicada, é como se eu me perdesse e perdesse meus sentidos, não é de uma forma ruim. Estou literalmente tentando pensar positivo sobre toda essa minha confusão. 

Talvez seja devido a Leah, talvez pelo Aryan, ou talvez porque todos sempre tentaram me avisar e eu não escutei nada em nenhum minuto, porque eu sempre me ignorei e não quis me escutar. Não posso falar sobre isso para ninguém, eu vou tentar encobrir, até eu conseguir achar alguém de confiança, não é Leah, porque ela conta tudo para Helia, não é minha irmã também, ela também conta tudo para Helia, resumidamente, as pessoas próximas a mim se tornaram pombos de correio da Helia. 

Eu já gritei, porque não estava entendendo o que estava acontecendo comigo, já chorei também, porque não sabia como me sentir nessa situação, já dormi para esquecer, mas até nos sonhos essa idiota me aparece, já escutei música, mas não resolveu, preciso de uma terapeuta, talvez conversar com o meu pai me ajude, mas ele não está em casa agora.

— Walker?— minha mãe entra no meu quarto, e eu viro minha cabeça para olhar para a mulher mais velha.— o que tá acontecendo? Você não sai do quarto desde ontem à tarde.— diz, se sentando na beirada da minha cama, e eu suspiro frustrado. Porra, literalmente tá acabando comigo isso.

— Não aconteceu nada— eu murmuro baixo, e retiro minhas mãos debaixo do travesseiro, colocando sobre meu rosto.—, eu acho.

— A amiga da sua irmã está aí, a Heloa. Acho que é esse o nome dela, eu gostei dela.— diz, e eu pego o travesseiro, colocando sobre meu rosto e gritando baixo.— qual o problema?

— Eu não sei!— eu exclamo, fazendo um choro falso, e a mais velha puxa o travesseiro do meu rosto, me encarando.

— Me conta, sou sua mãe.— fala, se deitando ao meu lado, eu olho para ela e suspiro, fechando meus olhos.

— Se eu soubesse, eu te falaria, mas eu não sei.— olho nos olhos da minha mãe. 

— Você 'tá confuso.— a mais velha fala, sentando na posição índio e ouço a música "fearless" no quarto de Leena.

𝗣𝗨𝗥𝗜𝗧𝗬  |  Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora