0022 | PALAVRAS.

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HELIA BENNET

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HELIA BENNET.

1 semana depois do museu.
      Onde tudo claramente está confuso.

Estou de saco cheio, literalmente estou passando o dia fora de casa, quase não tenho tempo de fazer algo que eu tenho vontade. Estou afastada do trio, Leah sempre me manda mensagens, mas eu quase não respondo por falta de tempo, às vezes nós duas ficamos em ligação até de madrugada, mas não passa disso.

Desde o dia do museu Walker não está mais falando comigo, não troca palavras e frases comigo. O que me deixou confusa, pois depois que nos aproximamos como amigos ele sempre me mandava mensagens e agora não faz mais questão. Se isso é ou não um sinal de que ele é literalmente uma amizade que eu não devo permanecer, eu prefiro manter distância.

Minha mãe está mais fora de casa do que dentro de casa, o conselho está falando com a senhora Berny frequentemente para ver se eu posso ficar com ela. Sinceramente, eu não iria querer ver minha mãe internada em algum hospital de louco, mas se é para o bem dela eu aceitaria. A real é que eu nunca vi ela sóbria, nem sei como ela é sóbria.

Me sento no auditório do teatro, cruzando minhas pernas e lendo meu texto, o ensaio tá sendo baseado em algumas brigas entre os garotos, o que me irrita muito pois atrapalha minha leitura e em seguida uma garota ruiva senta ao meu lado erguendo os pés na cadeira da frente lendo seu texto.

— Você vai fazer quem?— eu pergunto, tirando a minha atenção do papel.

— Sarah Wildes.— ela diz, me mostrando o papel com as falas dela.— E você?

— Sarah Good.— respondo, voltando a ler meu papel, a garota também volta a ler suas falas, e fica um silêncio.

O professor entra no teatro, batendo palma e em seguida viro a minha atenção para ele. O homem está vestido com uma roupa de época, claramente para o personagem de outra pessoa e todos olhamos para ele. O mesmo nos olha com desdém sarcástico, andando pelo teatro e em seguida pega uma varinha apontando para as meninas que vão fazer as bruxas.

Prendam as bruxas!— ele diz a fala, batendo a varinha em uma caixa de madeira, me fazendo pular da cadeira em um susto.— queimam-as!

— Professor, não é querendo falar nada não, mas você está horrível com esse bigode!— a garota do meu lado grita, fazendo todos rirem juntos e eu apenas sorrio para a mesma.— podem nos queimar! Mas voltaremos!— a garota grita, e todas as bruxas gritam: "voltaremos!" em conjunto, inclusive eu participo da brincadeira deles.

— Muito bem, pessoal! Sentem aqui no palco, tenho uma notícia para dar a vocês.— ele pede, tirando o bigode e coloca na caixa de madeira ao lado da varinha; Nos juntamos em duas fileiras, cruzando nossas pernas, o professor anda de um lado para o outro me deixando ansiosa.

𝗣𝗨𝗥𝗜𝗧𝗬  |  Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora