WALKER SCOBELL.
Após eu explicar tudo para os meus pais, a minha mãe ficou paralisada, tentando raciocinar o que eu tinha acabado de contar. É complicado ouvir um desabafo de alguém que está "apaixonado"? Se for tão chato dessa forma, eu prefiro nem falar sobre isso para meus pais.
— Pera! Você gosta da Bennet?— meu irmão mais novo pergunta, e em seguida eu nego.
— Esse é o problema, eu não sei se gosto dela, ou se é só atração. Porque ela é bonita.— confesso, minha irmã da um riso curto e em seguida se senta do lado da minha mãe.
— Ajuda ele.— a loira os olha. Meu pai fica pensativo, em seguida me olha nos olhos.
— Você vai ter que se aproximar dela, seja legal, seja você mesmo, e o importante, nunca seja um idiota com ela.
— Pai, você 'tá falando isso 'pro Walker depois dele ter literalmente vivido dois meses desse ano xingando e odiando ela.— Leena os encara, meus pais suspiram juntos.
— Ok, então faz o que eu mando, você vai se aproximar dela, chamar ela 'pra sair, ser sincero com ela, elogiar ela, ser um cavalheiro com ela.— o meu pai diz, me olhando, e em seguida minha mãe também me olha.
— Meninas gostam de ser tratadas como princesas, amam apelidos carinhosos, coloque os braços entrelaçados nos dela, converse sobre o que ela gosta, leve ela para lugares divertidos, faça ela rir.— é a vez de minha mãe falar.— elogie ela, trate-a bem, faça piadas, meninas gostam de garotos engraçados, e por favor acompanhe ela em casa nos finais dos encontros.
— Mas eu não vou chamar ela 'pra sair agora.— eu falo, e eles me olham incrédulos.
— Não agora, seu idiota.— minha irmã fala, e meus pais a encaram.— eu quis dizer, que é para você fazer o que a mãe e o pai está falando, e não esqueça de mandar mensagem todos os dias para ela.
— Não, isso eu não faço, eu não mando mensagem para ninguém.— eu falo, e eles murmuram um "nem ferrando" todos juntos.
— Você quer descobrir o que sente? Então você vai começar a fazer o que a gente está falando 'pra você.— meu pai se levanta do sofá.
— Senta aí.— minha mãe manda, e meu pai senta no sofá.— e sempre obedeça ela, independente de tudo.
— Sério? Pau mandado de mulher?— eu pergunto incrédulo, meu pai me olha tipo: "obedece, ou morre."— entendi, pode deixar, obrigado pelos conselhos que eu provavelmente não vou usar.— eu me levanto da poltrona, e ouço a campainha tocar.
— Quem é?— meu irmão vai até a porta, olhando pelo olho mágico, o garoto loiro nos encara.— é a Helia.
— Nem fudendo.— eu murmuro, e olho para Leena que ergue as mãos no alto como forma de rendimento.— eu odeio você.
— Vai abrir a porta 'pra sua namoradinha.— ela fala sarcástica, e eu vou até ela tapando a boca da mesma.
— Cala a boca.— eu mando.
— Vai atender a porta, Walker.— minha mãe levanta do sofá.— se você quer saber o que sente, você precisa conviver um tempo com ela.— diz indo para a cozinha.
Minha própria família não me ajuda, não acredito que Leena chamou Helia aqui enquanto eu estava distraído falando com meus pais. Eu mato minha irmã depois de Helia ir embora, eu juro que mato, e se eu não matar, eu quebro o celular dela. Vou até a porta receoso, colocando a mão na maçaneta e a campainha toca novamente, me deixando mais nervoso, olho para trás vendo minha irmã fazendo um sinal com a mão como "abre logo". Suspiro, tentando me acalmar e abro a porta de uma vez vendo Helia com um coque frouxo, a blusa cinza que eu emprestei, uma calça cargo branca e um tênis preto.
— Oi, Lia.— eu falo, claramente muito envergonhado.
— Oi, Bell.— diz com um sorriso pequeno, e eu abro mais a porta para a garota loira entrar.— como vai?
— Bem, e você?— eu pergunto, fechando a porta, minha irmã da gritinhos com minha mãe da cozinha, e eu reviro os olhos.
— Estou bem, obrigada por perguntar, sua irmã está?— a garota pergunta, com os dois braços atrás das costas e em seguida eu ouço risadas da cozinha.
— Está na cozinha com a minha mãe.— eu respondo, e ela sai em direção a cozinha, me fazendo soltar o ar que eu nem sabia que estava segurando.
— Helia!— minha irmã diz animada, e eu vejo as duas se abraçarem, logo depois minha mãe cumprimenta ela com um abraço curto.— que bom que você veio, Walker estava morrendo de...— quando a mais velha começa a falar, minha mãe a encara brava e ela fica em silêncio.
— Morrendo do que?— a loira diz confusa.
— Gripe! Passei umas semanas doente, eu tomei chuva.— respondo, olhando a garota.
— Mas nem choveu essa semana.— argumenta, apoiando os braços no balcão, e eu fico em silêncio.
— Essa blusa não é do Walker?— meu irmão pergunta, olhando para a garota e ela assente que sim.
— Ele me deu no dia da praia.— responde simples. Eu não daria minha camiseta preferida, mas já que ela pegou, vou deixar.
— Sério?— minha mãe olha para ela, e ela apenas assente que sim com a cabeça. A mais velha me olha disfarçadamente sussurrando um "parabéns", e eu sorrio levemente para ela.
— Enfim, o que vamos fazer?— minha irmã pergunta, sentando no balcão.
— Assistir a um filme.— meu irmão diz, e eu assinto que sim, concordando com ele.
— Vocês deveriam assistir a sequência de "Piratas do Caribe".— minha mãe fala.
— Eu apoio assistirmos "As Vantagens de Ser Invisível."— Leena nos olha.
— O filme é bom, mas eu chorei muito, não sei se quero assistir de novo não.— Helia fala, e eu sorrio de leve.
— Já leu o livro?— eu pergunto, olhando para ela, a mesma nega com a cabeça.
— Não gosto de ler, mas acho que eu leria esse.— diz me olhando.
— Enfim, vamos assistir logo.— meu irmão fala, cansado de esperar e eu me sento no meio do sofá pegando o controle da televisão.
— Pode ir saindo.— minha irmã me olha, e eu a olho entediado.— esquece.— ela senta do meu lado esquerdo, e eu jogo o controle no colo da mesma.
Leena acaba colocando "A cinco passos de você", ela disse que nunca tinha assistido, então eu apenas respiro fundo quando Helia senta do meu lado direito. Eu também nunca assisti esse filme, só espero que não seja pior que qualquer outro filme de romance.
Eu aviso ou vocês avisam?
Chorei.
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𝗣𝗨𝗥𝗜𝗧𝗬 | Walker Scobell
Fanfiction𝗣𝗬 | Helia Bennet considerada uma garota reservada sobre sua vida, com poucos amigos e uma adolescência conturbada por conta de sua mãe. Helia nunca foi de falar e sim de fazer, suas atitudes mostram que a garota é cabeça dura e não gosta que as...