0013 | MENTIRAS!

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WALKER SCOBELL

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WALKER SCOBELL.

Eu vim até ela.

Bom, eu não falei nada desde o exato momento em que fiquei ao lado dela em silêncio apenas com as mãos no bolso da minha calça. A garota está com a tela do celular ligada mandando mensagem para alguém, fico apenas olhando para frente contendo minha vontade de puxar assunto com ela.

— Então, Helia, você vai embora como?— pergunto, tirando minha atenção de qualquer outra coisa em volta e levando meu olhar até o rosto da mesma.

— Meu pai 'tá vindo me buscar.— diz com a voz baixa, sem me olhar, me fazendo dar um suspiro de tédio. Eu não acredito que vou ter que fazer isso.

— Eu espero com você então.— murmuro decidido, Helia finalmente me olha e eu a olho em seguida olho para a minha irmã.

— Não precisa, ele é rápido, não se preocupa.— fala, olhando para o celular e eu olho o horário no meu relógio.

— São exatamente onze e cinquenta e oito da noite, quer mesmo que eu te deixe sozinha na frente de uma pizzaria fechada e com vários carros passando aqui na frente? Olha, eu não arriscaria ser sequestrada.— falo sem olhar para ela, posso ouvir um murmurio de raiva e ela guarda o celular.

— Walkie, o motorista vem daqui cinco minutos.— Leena, avisa erguendo o celular no alto para eu enxergar ela, já que a mesma está longe.

— Você não mora muito longe né?— pergunto, olhando para Helia e ela suspira mexendo em uma mecha do cabelo.

— Eu moro perto do subúrbio de Los Angeles, Walker, você praticamente seria roubado nos primeiros minutos que andasse a pé naquele lugar.— ela alerta e eu suspiro.

— Melhor do que me sentir culpado de você ter sido sequestrada ou morta, ou qualquer outra coisa.— insisto, e ela passa a mão no rosto indignada.— e quem disse que iríamos de a pé?

— Não precisa, eu vou ficar bem, eu falei que meu pai está vindo.— Helia diz, com a voz nervosa e eu reviro os olhos continuando do lado dela.

— Eu vou esperar.

— Não precisa.

Eu vou esperar.— me viro para a garota e a mesma revira os olhos.

O carro da minha irmã chega, olho o horário vendo que são meia noite e onze, suspiro de leve e coloco minhas mãos na minha própria cintura. Minha irmã entra no carro, me chamando com a voz alta e sem paciência.

𝗣𝗨𝗥𝗜𝗧𝗬  |  Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora