0014 | FELIZ.

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HELIA BENNET

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HELIA BENNET.

Janeiro é um mês que não se acabou tão rápido, agora fevereiro se eu piscar já se passou três semanas. Enfim, estou no dia quatorze de fevereiro, metade do mês e até agora minha vida continua a mesma. Sem sal.

Se eu pudesse já estaria dentro de um saco sendo jogada dentro d'água ou misturada em uma planta para no futuro dar uma árvore. Oficialmente estou tendo um emprego novamente porque preciso estudar, as aulas voltaram tem uma semana e sinceramente, eu odeio a escola.

Lugar ruim do cacete, só tem gente de classe alta onde eu estudo, o motivo é que eu sou uma das mais inteligentes e ganhei bolsa 100% quando tinha apenas dez anos. No caso, estudo em escola particular e todos me olham como se eu fosse uma pessoa anormal. Vai saber como eles olham para os pobres.

Em janeiro, acabei fazendo um "acidente" mais conhecido como "briga" acontecer e ele é, eu fiz minha amizade com Leah quase acabar por conta de Walker. Esse garoto disse que eu estava falando mal dos três, ele não cansa de me irritar e aliás, só fica o tempo inteiro me olhando estranho e as vezes — maioria das vezes — finge que eu não estou com Leah, ou Aryan, ou Leena.

Enfim, eu me tornei a queridinha na família de Leah, os irmãos dela amam minha presença e gostam de como eu converso. Aryan está mais afastado por conta da família e Walker só fica no pc o dia inteiro. Eu sei porque estou no grupo do whatsapp chamado "Teletubbies" e ele vive mandando foto de fone de ouvido com uma luz clara na cara dele.

Jogo minha mochila no canto da sala da senhora Berny, andando pela casa da mesma procurando ela. Ouço conversas no quarto da mais velha, ando até a frente da porta colocando minha mão na maçaneta mas logo desisto quando ouço uma conversa. Eu não sou de ouvir conversa dos outros, mas ouvi algo relacionado a brigas familiares, então vou escutar.

Eu estou vendo o que vou fazer.— a voz do marido dela fala, com uma entonação baixa e eu franzo o cenho.

Não é o problema, o problema é que ela já tem quase dezesseis anos e tem uma vida a zelar!— a senhora exclama alto, um silêncio se fez no quarto e eu fico confusa.

Eu estou tendo problemas no trabalho, e você sabe disso.— que merda! Não é que o assunto realmente é sobre a antiga família deles?— eu não consigo descobrir como está a mãe dela, mas acredito que estão bem, afinal a mãe era rica.

Da o seu jeito.— diz com um tom de voz autoritário e um silêncio paira no ar.— ERA! Já faz mais de quinze anos que ela foi embora!

Me retiro da porta indo até a cozinha preparar um café para beber. Coloco a água no fogo e em seguida fico na frente do fogão de braços cruzados pensando sobre o que seria o assunto, mas o outro motivo. Fico me sentindo vazia aos poucos enquanto penso sobre tudo e logo abaixo o fogo da água para pensar mais profundo.

𝗣𝗨𝗥𝗜𝗧𝗬  |  Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora