0015 | MEDO.

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HELIA BENNET

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HELIA BENNET.

Dois dias depois do ocorrido.

Estou sentada no banco da praça esperando Leah chegar com os meninos para nós conversarmos um pouco. Já fazia uma semana que a gente não saía juntos e agora decidimos tomar sorvete. Depois daquele ocorrido em casa, eu faltei na aula e só fui para a casa da senhora Berny.

Vejo eles de longe, Leah conversa com Walker sobre algo enquanto Aryan apenas mexe no celular. Ando até eles, o garoto moreno me dá um abraço leve dizendo um “oi” baixo, em seguida Leah me dá um outro abraço apertado, Walker acena para mim e eu aceno de volta.

— Como foi seus dias? Eu não te vi na escola.— diz Aryan, me olhando e eu fico do lado dele.

— Eu estava doente, não, eu estava cansada.— respondo sem saber qual desculpa usar e ele ri anasalado.

Leah se afasta um pouco indo até uma venda pegando um algodão doce para comer, fico em silêncio apenas olhando para o nada e Walker coloca o celular dele na frente dos meus olhos mostrando um ingresso para a peça que vou fazer.

— Eu já tenho minha entrada garantida.— diz olhando para mim e eu dou um sorriso leve.

— Ele só vai porque Leah pediu para ele ir de acompanhante dela.

— Nossa.— olho para Walker que sorri falso.

— Pelo menos eu vou.— diz guardando o celular e eu desbloqueio meu celular mostrando um dos meus figurinos para os dois.— caraca, não é que eles deram o melhor para os figurinos?

— Pois é, o custo foi bem alto, eles falaram que vai ser uma das maiores apresentações teatrais desde 2017.— falo mostrando outros figurinos e o loiro pega o celular da minha mão para olhar melhor.

— Você vai ser a principal?— questiona Aryan, olhando o restante das roupas.

— Vou.— respondo curta.

— Gente! Venham ver.— a garota crespa nos chama e nós três andamos até ela.

— O que foi?— pergunta o loiro curioso e eu olho para um gato preto filhote no chão.

— Que fofo.— falo me abaixando da altura do animal o pegando nas mãos com cuidado.

— Que bicho feio, Bennet.— Walker fala indignado e eu mostro do dedo do meio para o garoto.

— Igual você.— retruco.

— Eu sou lindo, ‘tá?

— Se você é lindo, eu sou a Afrodite.

— Ata, parece mais um saruê do que ‘pra Afrodite.— ri.

— Por que você não cala a boca?

— Porque você não..— ele fica quieto quando vê um filhote de cachorro amarelo, cheio de pelo.— que coisa mais fofa.— diz pegando o bicho peludo nas mãos e eu o encaro com deboche.

𝗣𝗨𝗥𝗜𝗧𝗬  |  Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora