0020 | REMÉDIO.

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HELIA BENNET

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HELIA BENNET.

Deixo meus pertences na cadeira do auditório, andando até o palco e vejo eles arrumando as cortinas já para o nosso professor ver como irá ficar, os estudantes ajudam a arrumar as coisas, eu fico olhando com um brilho no olhar e arrumo um pilar falso para o teatro.

Walker me fez sorrir durante a noite, até eu decidir ir dormir. Ele é engraçado quando quer, mas é mal-humorado quando acorda e eu percebi isso hoje de manhã. Ninguém gosta de ser acordado às 6:00 da manhã para ir estudar.

— Bennet, tem alguém querendo falar com você lá na diretoria.— o professor avisa, desligando o celular dele e eu bufo revirando os olhos.— é sobre sua mãe.— diz, no exato momento, largo o pilar e vou correndo para a direção. E se aconteceu algo com ela? Ela não é a melhor pessoa do mundo, mas é a minha mãe.

Abro a porta da diretoria, sem me importar com quem estaria ou deixaria de estar lá dentro, fecho a porta me sentando na cadeira em frente a do diretor e ele me olha arrumando seus óculos, me fazendo sentir um frio na barriga.

— Senhorita Bennet, hoje encontramos a sua casa em um estado deplorável, sua mãe estava jogada no banco de uma praça totalmente fora de si.— ele anota as coisas em um papel branco, meu coração afunda e sinto ele acelerar.— sinto muito, mas sua mãe foi internada hoje por excesso de drogas, você tem outro responsável?— pergunta, me olhando e eu fico parada olhando para o nada.— Bennet?

— Não.— eu respondo, com a voz fria, meus olhos tremem e eu já não enxergo nada por conta que minha visão borra.

— "Não" o que?— questiona, me olhando com seus olhos castanhos escuro, batendo a caneta no papel branco.

— Eu não tenho outro responsável.— respondo com a voz baixa, um sussurro de dor e minha garganta tranca.

— Não tem contato com o seu pai?

— Não.

— Você não tem tio, tia, avô ou avó?— ele escreve no papel.

— Não.— sussurro com dificuldade.— não tenho ninguém.

Fico em silêncio apenas segurando meu choro, ele me entrega um papel de um reformatório de drogas e um orfanato. Meu mundo cai, fico apenas olhando para o papel paralisada e tudo fica em silêncio, exatamente tudo, parece que nada funciona agora ao meu redor.

— Bennet? Vou mandar o conselho ir na sua casa, se você não tiver algum contato com alguém da sua família em dois dias.— explica com a voz calma.— você vai para um abrigo.— meu coração afunda mais uma vez, em seguida saio da sala dele ainda em choque. Entro no teatro, vendo as pessoas me olharem curiosas e vou pegar minha mochila no auditório.

𝗣𝗨𝗥𝗜𝗧𝗬  |  Walker ScobellOnde histórias criam vida. Descubra agora