Passei pela recepção do hospital, pedindo informação do quarto de Shin Sang Min. A recepcionista indicou o andar e segui caminho até lá. O menino ainda estava hospitalizado desde a tragédia e ninguém na escola dava notícias e seus familiares apenas disseram que ele faltaria às aulas.
Estava preocupada e soube que os policiais ficaram o rondando para saber quem era o assassino, então uma parte de mim ficou curiosa se realmente ele havia visto alguma coisa. Até aquele momento a polícia não capturou ninguém, o que significava que o menino não disse nada e novamente a escola corria o risco de mais uma morte.
As famílias dos alunos exigiam às autoridades proteção para os filhos, pois logo o exame nacional bateria na porta e a escola estaria em desvantagem devido todas aquelas tragédias. O nível de antipatia daquelas pessoas sobre mortes de crianças era assustador, porque estavam mais preocupados com a merda de um vestibular, do que com a segurança das crianças.
Dois meninos morreram brutalmente e um deles quase foi morto. Não podia dizer que o mérito era meu, pois me culpava o tempo todo de não ter pego aquele desgraçado.
Quando cheguei no andar, percebi que a família de Sangmin era bem abastada, pois aquele era um hospital de alta qualidade, além dele estar em um andar VIP. A enfermeira bateu na porta perguntando se eu poderia entrar e a mãe deu permissão. Fiz uma reverência e entrando no quarto, percebi o menino em roupas hospitalares e as mãos enfaixadas.
— Olá?! — Fiz outra reverência. — Como você está, Sang Min-ah? — me aproximei de sua cama e ele me encarou.
— Vivo ainda, né?! — Um sorriso triste surgiu em seu rosto, então puxei uma cadeira para sentar ao seu lado.
— Eu sinto muito, querido — suspirei cansada.
— Pelo o quê, senhora Campos? Se a senhora não tivesse chegado a tempo, eu tinha morrido.
— Queria ter conseguido pegar o infeliz que fez isso com você e com os meninos. — Ele assentiu abaixando a cabeça.
— Jason tinha razão de tudo e eu não acreditei. — Franzi o cenho ao ouvir aquilo.
— Você e Jason... — Sangmin voltou a me encarar.
— Eu fiquei com medo. Se eu dissesse pros policiais e ele me matasse?
— Filho?! — sua mãe se aproximou tão horrorizada quanto eu.
— Quando o Jason morreu, fui enfrentar sozinho e acabei parando pregado na parede.
— Então você sabe quem é o assassino? — perguntei ansiosa e o menino assentiu.
— Sinto muito, senhora Campos, por ter parecido que foi a senhora que fez aquilo comigo, mas eu estava com medo! Ele... — a voz dele ficou embargada e no monitor de batimentos mostrava o quanto estava alterado.
— Tudo bem! Eu não estou chateada, você não tem culpa de nada, ouviu? Nada! — segurei suas mãos enfaixadas e o menino tremia.
Passei a mão em seu rosto, tentando imaginar o terror que Sangmin passou, assim como Jason e Jaehyun. Ambos mortos da forma mais cruel possível e tudo levava a crer que o desgraçado estava matando amigos. Uma raiva cresceu no meu peito, por ver puro horror nos olhos de um menino que tinha tanto a viver e estava traumatizado.
— Eu tenho medo dele vim atrás de mim e terminar de me matar! — as lágrimas escorreram em seus olhos.
— Nada vai te acontecer, ouviu? Seus pais não vão deixar. — Virei a cabeça na direção da mulher, que cobria a boca com a mão, horrorizada com a situação e ao ouvir o que falei, assentiu freneticamente, abraçando o filho.
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Padre_ Série: Desejo Profano Livro 2 (Byun BaekHyun)
RomanceEsqueça sua beleza... Esqueça sua inocência... Esqueça sua batina... Esqueça quem você é e se concentre no que está fazendo... Porque ela esqueceu que você é um padre! Reconheça a face do demônio, ele não tem chifres ou rabo pontudo, ao invés disso...