Capítulo 7

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Eu estava louca, só podia estar, por dizer aquilo e o padre ficou em silêncio, aquele silêncio insuportável, apenas me encarando com os olhos levemente arregalados. Naquele momento me arrependi de minhas palavras e dando uma de covarde, apressei em abrir a porta do carro e fugir.

Belinda, você é uma retardada!!

Pensei desesperada ao chegar em casa e escorregando na porta, eu estava parecendo aquelas mocinhas estúpidas de doramas. Meu rosto queimava e não acreditava que caí naquela cilada do coração, praticamente me declarando para o padre.

Por longos minutos fiquei largada ali no chão, me martirizando pela estupidez de minhas ações e palavras, pois nada daquilo estava em meus planos. Depois de ouvir o que falei, o padre ficaria ainda mais inalcansável.

Minha mente estava dividida em pensar na Dinda no hospital, com aquele desgraçado do ex marido dela e o padre Byun, que me ouviu dizer que iria se apaixonar por ele.

Quase não consegui dormir e não tinha nenhuma intençao de ir à escola no dia seguinte. No fundo das cobertas, gemi diversas vezes por tudo que estava acontecendo, me xingando pela estupidez, pois eu não era assim, nunca fui tola com nenhum homem.

Quando fialmente consegui pegar no sono, senti uma mão puxando meu pé, remexi chutando quem quer que fosse, mas uma voz semelhante a da Dinda gritava me mandando levantar.

__ EU QUERO DORMIR P..... _levantei bruscamente com o palavrão na ponta da língua, mas me assustei com a imagem da Dinda bem na minha frente. __ Dinda????

__ Ia me xingar, menina mal criada? _ela colocou as mãos no quadril. __ Quem mais seria? Papai Noel que não é! _rapidamente levantei da cama, correndo para lhe abraçar, quase a derrubando. __ Minha nossa, menina!

__ Dinda, eu pensei.... _já estava chorando igual uma idiota.

__ Não vou morrer tão cedo, assim! Tenho ainda muito que puxar sua orelha. _afagou meus cabelos.

__ Seu ex marido não me deixou... _ela se afastou.

__ Aquele desgraçado te machucou? _neguei. __ Eu pensei que tinha morrido e ido pro inferno quando acordei, encontrando aquele infeliz. _respondeu.

__ Mas a senhora já teve alta?

__ Eu me dei alta, amore, antes que cometesse um homicídio dentro de um hospital. _ri alto. __ Mas me diz, o que está fazendo em casa, que não foi pra escola? E não venha me dizer que foi por minha causa, que isso não é desculpa! _não lhe respondi, fazendo uma cara fofa para que daquela vez fosse absorvida, mas não teve jeito.

Mesmo MEGA atrasada, fui obrigada a vestir o uniforme e ir pra escola, ela mesma, recém vinda do hospital, me levou, jurando que me mataria caso cabulasse aula. Perdi as duas primeiras aulas e para minha desgraça, a próxima seria do padre Byun BaekHyun.

Cobri o rosto com o livro, evitando a todo custo os olhos do padre, uma atitude não condizente à minha personalidade, mas convenhamos, eu fiz besteira e não estava conseguindo lidar.

Em toda minha vida pude manipular os caras, tendo tudo que queria com eles, sem me sujeitar ou apaixonar, mas com aquele bendito padre era diferente e eu não sabia como, ou porque parecia uma retardada. Só que eu iria evitar aquele sentimento assombroso, ele era só um cara, um cara terrívelmente lindo e impossível, mas um cara.

__ Senhorita Campos?! _sobressaltei ao ouvir meu nome, o que ocasionou em um soluço involutário.

Mas que p***a é essa?

__ Si-sim senhor?! _fiquei de pé ainda soluçando, enquanto o padre me encarava com sua expressão natural.

__ Pode resolver essa fórmula do quadro? _perguntou com aquela voz malditamente mansa e sedutora.

Padre_ Série: Desejo Profano Livro 2 (Byun BaekHyun)Onde histórias criam vida. Descubra agora