Esqueça sua beleza...
Esqueça sua inocência...
Esqueça sua batina...
Esqueça quem você é e se concentre no que está fazendo...
Porque ela esqueceu que você é um padre!
Reconheça a face do demônio, ele não tem chifres ou rabo pontudo, ao invés disso...
Nossos olhos estavam fixos um no outro, mas diferente dele, eu mantinha um sorriso ladino no rosto, apreciando o desespero do padre ao me ter tão próxima e falando aquelas coisas. Não era uma mentira, realmente estava sendo sincera e era divertido vê-lo assustado.
__ Não fale sandices, senhorita Campos! _arrastou a cadeira para se afastar de mim.
__ Pense como quiser, padre! _também me afastei, arrumando o uniforme. __ Bem.... já posso ir? _me fiz de sonsa, mas como ele não respondeu, fui até minha carteira, pegando minha mochila.
__ Não falei que podia sair, senhorita Campos! _virei ao ouvir sua voz. __ Espero que isso seja apenas uma de suas brincadeiras! _ficou de pé.
__ Claro professor! _sorri sem dentes, fazendo uma mesura.
__ Vá logo para casa! _assenti e voltando nos calcanhares, saí da sala com um sorriso no rosto.
A segunda fase do meu plano estava cumprida, o padre Byun ficou assustado com minha revelação, mas não ao ponto de acreditar que eu estava sendo sincera. Ele achava que aquilo não passava de uma brincadeira da minha parte e eu queria que pensasse assim.
O santo padre nem veria quem o atingiu, quando percebesse, já estaria nas minhas mãos, ou melhor, entre minhas pernas. Só em pensar naquela possibilidade, minha boca salivava e o corpo tremia.
Fui pra casa pensando nos próximos passos do meu plano e quando cheguei, a Dinda achava que eu estava ficando louca, pois entrei rindo igual uma hiena maluca.
[...]
Ele achava que eu não tinha reparado que estava me observando discretamente, nada fugia de verdade dos meus olhos, mas sempre estava me fingindo de sonsa e uma aluna boazinha, que não era.
Enquanto explicava seu conteúdo, percebi que o padre Byun olhava discretamente para mim, lançando olhares desaprovadores, mas sendo ignorado por mim. Aquele era meu jogo, deixá-lo confuso sobre minhas reais intenções, brincar com a carne antes de comer.
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Permaneci com minha farsa, às vezes erguia a cabeça para olhar pro quadro, mas desviava abaixando, como se estivesse estudando de verdade. Ele parecia que teria um troço, sem compreender o que estava acontecendo e eu só me divertia com a situação.
O toque para a hora do intervalo quebrou o momento de aula, então todos os alunos se retiraram, mas eu permaneci na sala, guardando meu material. O padre também ficou na sala, arrumando suas coisas lentamente, talvez esperando todos saírem por completo.
__ Hey Linda!! _Wonho surgiu na porta me chamando e vi quando o padre o encarou com cenho franzido. __ Vamos almoçar?
__ Claro!! _respondi sorrindo, jogando tudo de qualquer jeito dentro da mochila.
__ Hoje tem café preto!
__ E os anjos dizem amém!! _exclamei me levantando e saindo, mas discretamente observei o padre olhando o nada, com uma expressão severa.