__ Aqui! _Hoseok, ou Wonho, como gostava de ser chamado, me entregou uma fatia de bolo.
__ Não quero o bolo, mas aceito café! _apontei para o copo de café dele, que saía fumaça, então o mesmo suspirou, empurrando o copo em minha direção.
__ Então, o que faremos? _perguntou enquanto bebericava o café, mas aquilo tinha um gosto horrível e muito doce.
__ Meu Jeová, que gosto horrível, diabetes pura! _fiz careta.
__ É café com caramelo, Linda! _respondeu.
__ Pior ainda! Não tem café preto na cantina, não? De preferência meio amargo...
__ Linda!!! _o encarei.
__ O quê?!
__ Temos que nos concentrar...
__ Não consigo me concentrar sem minha dose diária de café preto. _respondi desgostosa com aquele país, que não fazia um café decente, sem aquela papagaiada dentro, então me levantei deixando Wonho confuso.
__ Onde vai?
__ Procurar o maná que vem dos céus. _respondi caminhando até a cantina da escola.
Era hora do almoço, diferente de escolas públicas, lá não servia comida de graça para os alunos, então tínhamos que comprar. Como eu era pobre de Jó e não queria importunar a Dinda, dava um jeito de levar algo de casa para o almoço.
Naquele dia ela tinha ido para o médico e não fez as compras, não pude levar comida, porém Wonho foi generoso em me comprar almoço, no caso só altava o cafezinho depois de comer.
Fui para a fila e havia uma multidão de alunos, os garotos compravam coisas calóricas para manter a força, pois alguns eram atletas. As garotas queriam permanecer magras e só compravam sanduíches orgânicos ou salada.
Povo esquisito!
Eu ainda não tinha me acostumado com os costumes doidos daquele país, principalmente a cultura da magreza. No Brasil eu era considerada bastante magra pra idade, mas na Coréia as garotas gostavam de me chamar de gorda, orca, miss pig e dona selulite.
Me lixava para os apelidos ofensivos, até porque eu só me ofenderia se fosse verdade, coisa que não era, pois as meninas dali eram tudo doidas.
Ao longe avistei Sam se aproximando da fila, mas pelo visto iria furar ou ameaçar um pobre coitado para comprar o que quer. Nunca vi Sam comprar um lanche sequer, estava sempre tomando de alguém.
Aquela garota merecia um belo sacode, pra ver se aprendia a ser mais humilde, porque não era possível ser tão escrota daquele jeito. Ela encontrou sua vítima, um nerd do segundo ano, o probrezinho parecia um duende, pequeno e feio.
O refeitório se silenciou, era sempre assim, morriam de medo da Sam e ninguém fazia nada, me levando a imaginar as mil formas de acabar com a brincadeira de reinado dela.
__ Vamos nerd, me paga o almoço! _agarrou a manga do blaze do garoto, que encolheu os ombros.
__ Mas Sam, eu só tenho o suficiente para meu almoço... _ele murmurou tremendo.
__ Não quero saber, moleque!!
Sei lá, eu queria ficar na minha, não se meter naquela história, principalmente porque Sam iria me atormentar depois. Mas o medo daquele menino, me fez desistir da neutralidade.
Vou me arrepender por isso!!
__ Hey Sam! _a chamei e a mesma se virou na minha direção. __ Vai mesmo alimentar esse pneuzinho aí? _apontei para o abdômen dela e a ela arregalou os olhos.
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Padre_ Série: Desejo Profano Livro 2 (Byun BaekHyun)
RomanceEsqueça sua beleza... Esqueça sua inocência... Esqueça sua batina... Esqueça quem você é e se concentre no que está fazendo... Porque ela esqueceu que você é um padre! Reconheça a face do demônio, ele não tem chifres ou rabo pontudo, ao invés disso...