Cobri a boca com as mão ao ver aquela cena, pois apesar de saber que o padre Byun seria capaz de tal coisa, já presenciando antes ter um homem nocauteado por ele, ainda era assustador o ver em ação. A cada dia ficava surpresa com que era capaz de fazer e como pareceu tão simples matar homens. O padre estava atrás do assassino e se aqueles fossem realmente os assassinos de freiras?
Não importava muito naquele momento, por isso me escondi atrás de uma coluna para não ser vista. Ele havia deixado bem claro, que eu não era para me meter naquele assunto e se soubesse que estava ali, poderia não acabar bem para mim. Então ao vê-lo desaparecendo nas sombras, rapidamente corri até meu quartinho, fechando a porta atrás de mim e logo em seguida arrastando a cama contra a porta.
Meu coração estava acelerado e as coisas foram para um caminho, que não podia controlar. Durante toda a noite fiquei de vigia, sentada na cama a qual prendia a porta do quartinho, enquanto pela primeira vez rezava de forma devota.
Na manhã seguinte, tirei o hábito para seguir normalmente como professora, no entanto, a madre superior insistiu que eu deveria manter o capuz, como uma prova da minha escolha. Foi estranho quando adentrei a sala e todos me encararam um tanto confusos com o novo visual. Apenas Aninha teve coragem de questionar e inventei uma mentira.
Que Deus me perdoe pela mentira!
As aulas passaram-se arrastadas e mesmo estando muito ocupada, não conseguia tirar da minha cabeça a imagem do padre Byun BaekHyun matando aqueles homens — eram imagens assustadoras, roubando meu sono. Não importava o quanto tentasse esquecer, era só fechar os olhos, que tudo voltava.
Minhas mãos tremiam de medo e lá no fundo me arrependi de ter inventado de entrar para o convento apenas para descobrir quem era o assassino de freiras. Ora, eu nem era uma detetive e sim uma mera professora de enfermagem — simplesmente perdi o juízo. Por isso, ao fim da aula, quando todos os alunos se foram, segurei a cabeça com as duas mãos na cabeça, me martirizando por ser tão imprudente.
— Se arrependendo de sua imprudência? — Ergui a cabeça ao ouvir aquela voz.
Virei-a dando de cara com ninguém menos que o padre Byun, que estava encontrado no umbral da porta, braços cruzados e uma expressão risonha. Como podia alguém como ele ser tão belo daquela forma? Ele tinha quantos anos? Quase quarenta?! Byun BaekHyun era um caso a ser estudado, pois mantinha sua bela aparência de quando ainda era um jovem professor na Coréia e eu ainda uma adolescente, mas ali eu era estava beirando aos trinta.
Parecia uma grande injustiça ser bonito e jovial daquela maneira — os cabelos castanhos e lisos caídos na testa, os olhos pequenos e expressivos, além daquele sorriso encantador. Merda, eu era completamente apaixonada por aquele homem e era muito errado. Na minha atual situação, ainda mais errado.
— Eu lhe disse para ficar fora disso. — Falou ainda parado na porta, tendo toda minha atenção.
— O que vai fazer, me matar? — rebati desdenhando e ele pendeu a cabeça, antes de entrar na sala e parando em frente a minha mesa, para logo sentar em uma das carteiras.
— Tem tanta confiança assim, que eu não cumpra minha ameaça?
— O senhor disse que nunca me machucaria. — Respondi.
— Mas posso não conseguir evitar que seja machucada. — Cruzou os braços sobre o peito, dessa vez usando uma expressão mais séria e preocupada. — Não sei o que sou capaz caso se machuque por ter permitido que se envolva.
— Posso ser mais útil lhe ajudando, já que os padres não podem adentrar a ala das freiras. — Novamente sua expressão voltou a ser risonha. — E acha que não consigo me defender? Cresci nas ruas dessa cidade e uma coisa que aprendi foi a me defender.
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Padre_ Série: Desejo Profano Livro 2 (Byun BaekHyun)
RomanceEsqueça sua beleza... Esqueça sua inocência... Esqueça sua batina... Esqueça quem você é e se concentre no que está fazendo... Porque ela esqueceu que você é um padre! Reconheça a face do demônio, ele não tem chifres ou rabo pontudo, ao invés disso...