Prólogo

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Abri as pernas para que ele se adentrasse no meu íntimo, suas mãos apertaram minhas coxas desnudas, mas só virei o rosto em total tédio, Kaio era um pervertido que se achava o maioral, sempre dizendo ser o melhor na transa, só que não estava nem fazendo cócegas e isso era frustrante.

Era meu último dia no meu país, iria ser mandada para morar com minha madrinha na Coréia do sul, motivo?! Ela estava doente e não tinha filhos, eu era sua única afilhada, a mesma tinha um carinho enorme por mim, por isso fui escolhida para ficar ao seu lado até que se recupere ou morra de vez.

Aí vocês me dizem: "nossa Belinda, como você é fria! Ela é sua madrinha e quer que ela morra?"

Longe de mim desejar isso, pelo contrário, quase dancei macarena quando fui escolhida, amava minha madrinha, minha mãe faleceu quando eu tinha dez anos e no ano seguinte meu pai casou com uma jararaca que eu odiava mais do que qualquer coisa, sair de casa foi o céu.

Nunca fui de reclamar da vida, sério, essa foi uma das coisas que minha madrinha me ensinou quando estava no Brasil, mas não vou mentir que cometia umas maldades com a Soraia, minha madrasta, por puro prazer, porque a mulher era o cão.

Por causa dela os gêmeos com apenas três anos foram mandados para a avó materna no Acre, ACRE, lá onde Judas perdeu as botas, então nunca mais vi meus irmãozinhos.

Também teve o Marcos, irmão mais velho, foi morar com um tio em Tocantins porque a cobra mentiu dizendo que ele havia assediado ela.

O pobrezinho levou uma surra do meu pai antes de ir embora, assim restando apenas a mim, a víbora tentou durante anos dar cabo de mim, mas o mundo é dos espertos e eu reino nele.

Por fim ela conseguiu o que queria, só que nem liguei, já estava ficando de maior mesmo, foda-se pra ela, aceitei meu destino com prazer, iria morar com a melhor pessoa do mundo, na terra dos olhos puxados e finalmente estaria livre daquele inferno.

Mas voltando a parte que Kaio achava que estava me fodendo... estávamos no banheiro da escola, tirei a calça jeans e deixei ele fazer aquele serviço mal feito, mas por quê eu fazer aquilo?!

Deixe-me ver... foi meu último ato de caridade e como aquele moleque me atazanava desde o primeiro ano, resolvi fazer esse favor.

__ Você é muito gostosa! _ele disse após gozar no chão, mas só revirei os olhos vestindo a calça. __ Que pena que essa é a última vez que vamos fazer isso! _deu um selar nos meus lábios.

__ É! _forcei um sorriso e saí do banheiro sem esperá-lo.

Adeus carniça!!!

[...]

Meus olhos varreram o aeroporto e meu sorriso se alargou ao vê-la acenando, corri puxando minha pequena mala ao encontro da Dinda dando-lhe um abraço apertado, pois sentia muita falta dela.

__ Assim vai sufocar a Dinda, menina! _ela disse e me afastei sorrindo.

__ Estava morrendo de saudades, Dinda! _lhe abracei novamente.

__ Deixa eu te ver melhor! _me encarou. __ Já é quase uma mulher! Ficou mais bonita! _pus as mãos nas bochechas.

__ Assim vou ficar vermelha, Dinda! _corei e ela riu.

__ Eu fiz seus biscoitos favoritos, vamos?! _sorri batendo palminhas.

Amava a Dinda porque ela me tratava como criança, como ninguém na minha casa me via como menina, tive que crescer antes do tempo, só que com minha madrinha eu poderia ser o que quisesse e com ela gostava de ser sua menininha inocente, mesmo que de longe eu fosse uma menina inocente, pois entendia das coisas mais que um adulto.

Padre_ Série: Desejo Profano Livro 2 (Byun BaekHyun)Onde histórias criam vida. Descubra agora