Capítulo 11

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Eu não conseguia acreditar no que meus olhos estavam vendo –– um aperto se fez presente no meu peito, enquanto as lágrimas escorriam no meu rosto.

Parecia muito surreal o padre BaekHyun ser preso e pior, por ter violentado alguém na escola. Nós estivemos juntos no dia anterior e não era possível esse crime ter acontecido.

Vendo o carro da polícia se distanciando, meu coração se apertou e me senti revoltada com o que havia acontecido. Eu precisava descobrir a verdade, pois o que vi ali, não era de longe a verdade.

Wonho tentou me impedir de xeretar aquela história, pois a própria escola estava tentando apagar a existência dele.

Uma das pessoas que mais parecia feliz pelo o ocorrido com a Sam — ela contava para todo mundo o quanto padre era um homem malicioso e até disse que ele havia tentado algo contra ela.

Aquilo me encheu de uma raiva sem limites — sua irmã estava arrasada e se isolou de todos, principalmente quando passou a sofrer bullying por parte dos colegas. Aquela maldita escola era um antro e merecia pegar fogo.

— Nessa família só deve haver estupradores!! — Sam passou por nós debochando e rindo, enquanto ela mantinha a cabeça baixa no refeitório.

Meus punhos se fecharam e eu queria quebrar aquela imbecil na porrada — infelizmente Wonho sempre estava lá para me impedir de fazer qualquer coisa.

Eu não queria acreditar na passividade dele — claramente precisava de ajuda e Sam merecia ser colocada no lugar dela. Minha paciência estava bem curtinha e quanto mais as coisas aconteciam, mais ódio meu corpo transbordava — até ao ponto de não aguentar mais.

Sujin estava novamente isolada em um canto do refeitório — ela nem parecia mais a mesma e eu entendia de verdade sua dor. Entretanto, aquela maldita vaca do mal, não tinha coração e seu prazer era azucrinar a vida dos outros.

Sam não perdeu a oportunidade de ir ferrar a cabeça da Sujin e de insultos, fingiu que havia derramado "sem querer" seu suco de uva. Todo refeitório caiu na gargalhada — como se humilhar um ser humano em público fosse divertido.

O sangue subiu pra minha cabeça — não tinha nada ou ninguém que fosse me impedir de permanecer na passividade, então fiquei de pé.

— Ei, não se meta nisso! — Wonho agarrou meu braço, mas o puxei bruscamente.

— Você não se meta na minha vida, porque não te dei liberdade pra mandar em mim! — falei ríspida, fazendo-o recuar, então caminhei em passos pesados até elas. — Hey, vadia!! — Sam virou a cabeça e ao fazer isso, peguei uma das bandejas, acertando-a em cheio na cara.

Eu não era uma garota de conversa, era uma garota de ação e Sam aprenderia novamente uma lição através dos punhos.

Foi um grande choque para todos ao redor, então parti pra cima sem medo de ser feliz. Ela gritava histericamente, enquanto eu socava e arranhava a cara daquela cínica desgraçada.

Ninguém se meteu — eu estava com as unhas cravadas no couro cabeludo dela, até que alguns professores chegaram e fomos levadas para a sala do diretor.

Com um sorriso discreto no rosto, o diretor teve o maior prazer em me expulsar da escola — não havia mais o padre Byun para me ajudar e foi um prazer para aquele velho a minha expulsão.

Saí dali de cabeça erguida, pois não havia nada mais do que gratificante, do que ter conseguido quebrar a cara da Sam novamente. Me sentia realizada — quem não ficou muito feliz foi a madrinha.

— Cadê o juízo, hein menina!!! — ela esbravejava, andando de um lado para o outro.

— Desculpa, Dinda... — abaixei a cabeça, pois ela era a única que tinha o meu respeito incondicionalmente.

Padre_ Série: Desejo Profano Livro 2 (Byun BaekHyun)Onde histórias criam vida. Descubra agora