Bellator Spiritus

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Os ataques começaram em um único momento, de repente, seres feitos de pura luz em forma humanoide, pouco menores que os próprios humanos despencaram do denso e escuro Céu que pairava muito próximo de sua superfície, para aqueles que suportariam os vê-lo naquela forma, era possível identificar as finas ondulações da luz que se formavam como um anel interno que rodeava todo o corpo daquele ser como runas conectadas de uma lingua que algumas raças acreditavam ser anterior a própria Criação. Os Nocdies de Luz, os últimos rebeldes despencaram sobre a cidade em pontos estratégicos, pontos de ligação que erguiam a magnifica Cidade Branca que um dia os seus antepassados criaram. Agora dominada pela força que quase os extinguirá, Nocdies que um dia escolheram absorver a própria energia escura, seres que ao longo das eras foram se voltando a Escuridão, o Oposto Primevo da Luz, a dualidade anterior ao Vaccum, ao que muitos daquela raça tinham fé, em um Cosmos anterior.

Eles não se fizeram em trevas ao perceber os inimigos já na cidade, a explosão seguida os aturdiu com a vibração muito antes. O som como se arranhasse os ouvidos passado os atiçou, então se tornaram sombrios, como se suas formas absorvessem toda a luz como um verdadeiro buraco negro onde a escuridão reinava. Foram rápidos então, quase instantâneo dezenas começaram a alcançar os seres de luz, Entre o brilho da explosão como em formas geométricas de luz em variações como se feitas de cristais lapidados contra a luz. Em meio a aquele brilho que os cobria eles avançavam, rápidos como a luz, mesmo que os Nocdies Escuros fossem rápidos, ali dentro de toda aquela luminosidade os Nocdies de Luz os via como se estivessem em um tempo pouco mais curto que o de seus movimentos. Precisos, eles corriam até seus inimigos, muitos tão letais que eram poucos os movimentos os movimentos para ferir seus inimigos e como se feitos de vidro, rachar o cristal que os envolvia por onde Escuridão começava a espirrar, evaporando logo em seguida, eles iam voltando ao seu corpo de carne, fracos eles despencavam enquanto a luz ia se dispersando e então sumindo conforme se afastava, quando os primeiros caíram, já sem poder se conectar a Energia que antes absorviam. Na forma Escura, eles assumiam todo o seu real poder de forma instantânea ao sugar da energia escura que crescia entre a grande constelação, mas se tornavam vulneráveis, o que fazia com que evitassem aquela forma, mas como seus inimigos tinham conhecimento, uma dada vibração induzia a energia que os mantinha a assumir aquela forma para se proteger. Dado a velocidade de seus movimentos, nem perceberam quando seus corpos foram transformados.

Quando a Luz cessou, correram se esgueirando pela cidade feita em plataformas. Novas explosões ocorreram lá embaixo, e depois mais. De cima, partes da cidade começavam a despencar, mas conforme as primeiras partes afundavam, as explosões foram cessando. Então acabaram, era necessária muita da energia daqueles seres para provocar aquele tipo de explosão. Os combates irromperam pela Cidade Matriz que ruía despencando em partes, em andares abaixo, até mesmo florestas de arvores baixas agora se via. 



Ao longe, abaixo da grandiosa floresta que contornava a cidade, Anneles sentiu a vibração remanescente dos ataques. Seus olhos se abriram e de imediato voltaram a se fechar, seu corpo absorveu mais do gás que formava sua atmosfera, e então seu corpo foi desperto. 

Uma velha de pele escura pareceu a segurar inicialmente e então ela se controlou e com um sobressalto se atirou para trás derrubando uma parede próxima.

_ Estou aguardando a horas, já não era tempo jovem. Vamos!

_Quem é você?

_ Uma velha amiga de seu pai. Agora ande, se apresse. - Dando de costas a velha começou a se afastar pelos corredores sem a aguardar.

Fraca, Anneles tentou sentir os resquícios de energia a sua volta, mas muito pouco lhe vinha, e mesmo nesse pouco nada podia identificar.

_ Por quanto tempo estive dormindo? O que aconteceu? - Correndo pelos corredores alcançou a velha que seguia apressada. - Eu estava na cidade.

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