Capítulo 21

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_ Precisa vir comigo.

Fentyya foi desperto de seus pensamentos e assustado voltou a realidade, um soldado parecia encará-lo ao lado, abaixo dele, nos patios do imenso castelo da guarda, sobre os montes que separavam a cidade Atlante em duas bacias, soldados pareciam ansiosos enquanto chocavam espadas uns contra os outros revisando golpes. O Recém coroado regente daquele reino agora parecia tão nervoso quanto eles. 

_ O que disse? - Se voltando para o soldado tentou reconhecê-lo, sem sucesso.

_ Eu faço a guarda de um dos portões, precisa vir comigo senhor.

_ O que aconteceu? Vamos, diga.

Se aproximando, o soldado pareceu sussurrar.

_ O seu irmão, ele voltou, e... se me permite, seria melhor, acho que ele vai saber explicar melhor.

_ Como? Meu, irmão?! - Por um instante, Fentyya pareceu perturbado, sua mente vagueando brevemente pelas memórias. Ao notar o soldado o observando com espanto, se recompôs e rapidamente controlou sua expressão.

_ Olha, eu, acho que é melhor que ele mesmo diga e te explique.

Ali, enquanto escutava o assustado soldado, sentiu a energia que rescindia do Atlante a frente, a sua própria e todas as quais ele se aproximou, se rangendo presas em pequenas ranhuras não tratadas de nossa propria energia. Pode sentir nela o seu irmão, com um sorriso se lembrou de como era seu rosto a muito distante.

Com um sinal, concordou com o soldado e se voltou para uma sala anexa, abriu uma passagem entre a parede e desapareceu por ela, não tardou para que o soldado o alcançasse. Seguindo escadas de pedra, esculpidas entre as paredes, não tardou para que chegassem ao exterior das muralhas, a passagem de onde vieram desaparecendo na sequência.

_ Já fez isso antes? - Parado olhando para a cidade lá embaixo, percebeu à distância a energia que buscava.

O soldado apenas balançou a cabeça negando como se Fentyya pudesse vê-lo pelas costas.

_ Vai, vem cá ao meu lado.

Seguindo as ordens com os olhos estatelados, o soldado se pôs ao seu lado, em um instante percebeu a mão em seu ombro e então, no instante de um piscar de olhos, viu o mundo se acender como se em pontos azuis e então no momento seguinte retornar ao normal enquanto jogava o corpo para frente vomitando, já dentro das muralhas da cidade.

_ Você até que foi bem. - Fentyya pareceu dar algumas tapinhas na cabeça do soldado como se o consolasse e então seguiu para uma sala onde encontrou um outro soldado de pé sobre um atlante que de imediato reconheceu.

_ Lenthos.


Sentado contra a parede, Lenthos sentiu quando a energia de seu irmão se materializou a sua frente, erguendo os olhos viu o sorriso se formando no rosto de Fentyya, mas tão rápido quanto ele se deu, também desapareceu. Seu estado não era dos melhores e seu irmão pode sentir, seus olhos pareciam sem força e vez ou outra se fechavam por longos momentos enquanto sua mente se voltava para as visões causadas pelo pólen.

Durante esse apagão ele pareceu ouvir de forma distante os soldados contando como ele surgiu falando algo sobre um ataque, os Nocdies e uma em específico, a antiga Capitã da quarta raça, Anneles. Logo depois veio o calor envolvendo seu corpo e ele caiu de vez em um sono profundo.

Enquanto dormia pensou sonhar com os últimos eventos desde que saíra da antiga cidade rebelde junto a Anneles e quando acordou, já sem o efeito do pólen, se dera conta que tudo aquilo fora seu irmão Fentyya em sua mente.

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